Jogos da Liga alemã de futebol vão retomar em Janeiro sem público
Os jogos da Liga alemã de futebol, cujo interregno de inverno termina na primeira semana de janeiro, vão ser retomados à porta fechada, devido ao aumento de casos de infeção com o coronavírus, anunciou hoje o chanceler germânico.
"De forma a travar a propagação do vírus, todos os eventos inter-regionais de larga escala deixarão de ter público, sobretudo os jogos de futebol. O número de infeções vai aumentar consideravelmente nas próximas semanas, portanto termos de nos preparar para tal", afirmou Olaf Scholz, após uma reunião de emergência com os líderes dos 16 estados federais da Alemanha.
Perante a escalada de casos com a nova variante do coronavírus, a Ómicron, as autoridades germânicas pretendem limitar os contactos entre pessoas o mais tardar a partir de 28 de dezembro, decisão essa que inclui todos os eventos desportivos no país.
Desta forma, quando a Bundesliga for retomada, em 07 de janeiro de 2022, após o habitual interregno de inverno, que durará três semanas, os jogos da principal competição do futebol germânico serão disputados sem público nas bancadas, à semelhança do que já acontece nos Países Baixos.
No início deste mês, as autoridades alemãs tinham acordado reduzir a lotação máxima dos recintos desportivos ao ar livre para 15.000 pessoas, embora alguns estados germânicos mantivessem a intenção de ter estádios vazios, face ao aumento de casos de covid-19 no país.
A covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.