Fundos comunitários para o turismo “têm de chegar a todos”, alerta Sara Cerdas
Esta manhã, na Comissão de Transportes e Turismo (TRAN) do Parlamento Europeu, Sara Cerdas apontou que os fundos comunitários "têm de chegar a todos", em especial às micro e às pequenas e médias empresas, uma vez que serão "decisivos para a recuperação do sector e para um turismo adaptado aos novos desafios ambientais, sociais e económicos".
Os deputados membros desta comissão discutiram o financiamento da União Europeia disponível para o setor do turismo, no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 e do 'Next Generation EU'', nomeadamente a necessidade, acessibilidade e execução dos fundos da UE.
Apesar de lamentar "a não existência de um programa específico para o turismo ao nível da UE", a eurodeputada do PS saúda os diferentes fundos disponíveis, em especial os estruturais, que sofreram "um aumento considerável" no orçamento disponível para 2022.
“Todo o financiamento disponível será decisivo para a recuperação e adaptação no sector do turismo em regiões como a Madeira, uma região ultraperiférica em que o turismo representa 25% do PIB. A nível local, estes apoios são essenciais, mas têm de chegar a todos aqueles que poderão beneficiar dos mesmos”, frisou na sua intervenção.
Sara Cerdas evidenciou ainda que “o sector do turismo enfrenta desafios sem precedentes devido à recuperação da pandemia, à constante adaptação a uma realidade que se altera diariamente e marcada pela incerteza, pela transição ambiental e digital, e pela formação e valorização dos recursos humanos". Neste linha entende que "neste sector, nada irá ou poderá ficar igual".
"Um turismo sustentável, do ponto de vista ambiental, social e económico requer ambição e determinação de todos os agentes envolvidos, do nível local ao europeu", insiste.
A eurodeputada questionou, por fim, os oradores convidados da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento, sobre como estão a monitorizar a acessibilidade aos diferentes fundos e programas, em especial pelas micro, pequenas e médias empresas.
Estes garantiram que, para além da comunicação e publicitação das medidas ao longo de toda a execução, a eficácia dos fundos será avaliada com base nos resultados alcançados, nomeadamente o número de postos de trabalho criados, medidas de eficiência energética implementadas, entre outros.