Jardim diz que as Legislativas é escolher entre sair da cauda da Europa ou continuar a viver pobre à custa de subsídios
Ex-presidente do Governo Regional e do PSD-M dá hoje palestra na Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Eduardo Brazão de Castro
Apoiante de Rui Rio nas recentes eleições directas internas do PSD, Alberto João Jardim não arrisca prognóstico quanto à vitória nas próximas eleições Legislativas antecipadas para o dia 30 de Janeiro de 2022.
“Isso agora é com o povo. O povo tem que escolher entre sair da cauda da Europa ou continuar neste ram-ram de viver pobre e à custa de subsídios”, afirmou o ex-presidente do Governo Regional da Madeira e do PSD-M.
Questionado sobre a ‘inteligência’ dos eleitores portugueses, Jardim rematou: “Acho que o povo é inteligente pelo menos aqui na Madeira, senão estava a falar contra mim”, sublinhou.
Declarações esta manhã à chegada à Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Eduardo Brazão de Castro, em São Roque, onde é orador num Encontro Literário com formandos dos cursos EFA de nível básico e secundário do Polo comunitários da Ribeira Grande e do Centro Comunitário da Quinta Falcão, a decorrer na biblioteca do referido estabelecimento de ensino.
“Venho explicar as razões porque escrevi este livro – A Senhora e a Ilha -, como se faz o livro, o por quê das personagens e o por quê dos temas que aqui são tratados”, começou por apontar.
O ex-governante esclarece que a mensagem da sua última obra literária não são questões de política concreta, “porque os tempos evoluem e as políticas são diferentes”, mas antes “fala de grandes princípios que eu considero imutáveis no futuro sejam quais forem as políticas. Princípios como a autonomia, a liberdade, a cultura, a educação”, lembrou. Valores e princípios que Alberto João Jardim entende ser intocáveis, embora reconheça que “às vezes as pessoas estragam tudo”, admitiu.
Com três livros já editados, Jardim confessa estar numa fase de mandrião.
“Ando preguiçoso. Ando preguiçoso porque tenho tido muito que fazer. Este foi um ano com muita coisa me apareceu. Aliás, a minha actividade de da Fundação [Social democrata] é esta. Hoje venho aqui, no princípio de Janeiro já tenho uma outra escola. Temos andado nestes rodopios. Pedem-nos prefácios de livros. No dia 9 vou ajudar a apresentar um livro também, ou seja, tem aparecido muita coisa, de maneira que tenho estado preguiçoso. Depois do Natal vai-se ver”, concretizou.
A iniciativa na Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Eduardo Brazão de Castro, enquadra-se nas actividades do Projecto Biblioteca + que inclui o Projecto Baú de Leitura, para o presente ano lectivo, que visam actuar junto da Comunidade Escolar no intuito de promover a motivação e criação de leitores, tornar o espaço da biblioteca num polo cultural de toda a escola e divulgar a literatura de autores madeirenses. Uma das iniciativas é a realização de encontros entre alunos e escritores, de modo a criar espaços de reflexão e debate no âmbito da importância das temáticas referidas.
O presente Encontro assentará na abordagem, comentário e reflexão da obra ‘A Senhora e a Ilha’, publicado este ano por Alberto João Jardim.
‘A Senhora e a Ilha’ é um romance sobre o futuro da Madeira. "Este livro propõe-se a reflectir sobre algumas questões essenciais, decisivas para o nosso futuro. Dedico este trabalho a todos os que me ajudaram"
Autor de vários livros, publicou em 2017 o livro de memórias Relatório de Combate e no ano seguinte o romance ‘Diz Não!’.