Turismo Madeira

Aeroporto da Madeira iguala valores de 2019

Francisco Pita revela que Novembro superou as expectativas

None

O administrador da ANA Aeroportos, Francisco Pita, revela que o tráfego no aeroporto da Madeira, em Novembro de 2021, foi igual ao de 2019.

Uma garantia dada no painel ‘Tendências do consumidor, capacidade da oferta e velocidade da retoma’, moderado pelo madeirense Duarte Correia, e que abriu o segundo dia de trabalhos no 46.º Congresso da APAVT que decorre desde ontem em Aveiro.

Francisco Pita garante que os números ultrapassam as perspectivas mais optimistas embora sempre condicionados pela evolução pandémica. Também revelam que a retoma não é igual em todos  os aeroportos – Lisboa só recuperou 85% enquanto a Madeira iguala os valores de 2019 – e sustenta que tanto na Madeira, como nos Açores, o bom controlo pandémico dos passageiros à entrada foram determinantes para a afirmação de destinos seguros.

O CCO da ANA/Vinci revela que a recuperação tem sido feita à custa de uma dedicação extrema dos profissionais que nos aeroportos têm feito muito mais do que lhes é pedido, da logística à informação, capacidades que derivam da anormalidade gerada pelo vírus que, admite, motivou alguns erros nas previsões.

ANA insiste no Montijo

Francisco Pita considera ainda ser fundamental haver "um aumento significativo" da capacidade aeroportuária em Lisboa, a ver pela recuperação, lembrando que a empresa está preparada para avançar no Montijo que levará quatro anos a construir.

"A posição da ANA é conhecida. Apresentou uma proposta ao Governo, está preparada, consegue concretizá-la em quatro anos e é o Montijo. A nossa posição é absolutamente clara em relação a isso. Não temos qualquer dúvida que é fundamental haver um aumento significativo da oferta da capacidade aeroportuária em Lisboa, se não será impossível crescer", afirmou.

Em 2019, o número de passageiros no aeroporto de Lisboa atingiu os 31 milhões de passageiros, número que - lembra - se aproxima muito da capacidade de saturação desta infraestrutura.

Actualmente, em cima da mesa estão três hipóteses: aeroporto Humberto Delgado (principal), com o aeroporto do Montijo (complementar); aeroporto do Montijo (principal), com o aeroporto Humberto Delgado (complementar) e uma infraestrutura localizada no Campo de Tiro de Alcochete.

"Dez anos? Depende de dois fatores: de quando é que se toma a decisão e da decisão que se toma", referiu.

Segundo o administrador da ANA, "o Montijo demora quatro anos a construir" e "outras soluções demoram certamente mais".

"Muitas vezes as pessoas questionam os quatro anos, mas se pensarmos num estádio de futebol, por exemplo, o estádio de Alvalade levou dois anos e meio, três anos a construir. Quatro anos para construir um aeroporto não é nada de extraordinário. Os aeroportos não se constroem de um dia para o outro. Temos que ter consciência disso", reforçou ainda.

Francisco Pita disse ainda que é tendo em conta que dada a recuperação que se assistiu no aeroporto em novembro, significa que "em muitos dias" já se assistiu ao mesmo número de movimentos na Portela que se verificava em 2019.

"Temos, de facto, necessidade de um aumento rápido da capacidade aeroportuária na região de Lisboa se queremos continuar a crescer", concluiu.