Seul e Washington actualizam planos de contingência em caso de guerra
Os responsáveis de defesa sul-coreanos e norte-americanos concordaram hoje em atualizar os planos de contingência conjuntos em caso de guerra aberta com o Coreia Norte, face aos avanços das armas de Pyongyang.
Durante a Reunião de Consultas de Segurança (SCM), uma reunião anual entre os dois aliados, Suh Wook e Lloyd Austin concordaram em modificar o plano de operações de guerra da década passada para "reforçar a dissuasão" contra Pyongyang, de acordo com uma declaração conjunta.
O acordo promete atualizar um plano centrado principalmente em ataques convencionais para lidar com um arsenal norte-coreano que agora tem mísseis muito mais sofisticados em sistemas de interceção evasivos, aparentemente capazes de transportar ogivas atómicas e que também podem ser lançados por submarinos.
"Reafirmámos também a nossa avaliação comum de que a RPDC [nome oficial da Coreia do Norte] continua a avançar com os seus programas de mísseis e armas, o que está a desestabilizar cada vez mais a segurança regional", disse Austin numa conferência de imprensa após a reunião.
No entanto, salientou o empenho de ambos os aliados numa "abordagem diplomática" ao Norte.
Desde que Joe Biden tomou posse, Washington ofereceu-se para se encontrar com Pyongyang para tentar reavivar as conversações de desnuclearização, paradas desde 2019, mas o regime rejeitou o convite, dizendo que os EUA mantêm intacta a sua "política hostil".
No comunicado conjunto, os dois oficiais de defesa sublinharam também a importância de preservar a paz e a segurança no Estreito de Taiwan.
Isto aponta para a insistência dos EUA em unir os esforços dos seus aliados regionais face à ascensão da China.