Vamos rir com coisas sérias!
Os tempos, infelizmente, não estão para grandes sorrisos, já que uma pandemia que teima em não nos deixar, a nós e a todo o mundo, com os tristes reflexos já conhecidos, assim não o permite.
Contudo, não podemos passar a vida a pensar só nisso, caso contrário, ficamos doentes mesmo sem ter a doença.
Vamos então falar de outra “doença” também contagiosa – a política – só que esta, o que temos a fazer para não sermos contagiados e, consequentemente, ficarmos “doentes”, é rir e, se possível, rirmos às gargalhadas, porque esse é o melhor remédio.
Há poucos anos um senhor de nome Costa, apoiado pelo seu partido, na ânsia desesperada de chegar ao Poder, mesmo perdendo as eleições, arranjou uma “tramoia” qualquer, unindo-se a dois partidos extremistas de esquerda e lá conseguiu os seus objetivos.
Pela primeira vez na história desta rocambolesca democracia o País foi governado por alguém que não tivesse ganho eleições (só havia sido no fascismo) e, pior ainda, apoiado por partidos que o povo nunca quisera dar-lhes o privilégio de ser governo em Portugal.
E a partir daí todos os partidos situados à direita, se já tinham fama de serem partidos fascistas, então com aquele “casamento” estavam mais do que certificados. Quando se referiam a eles era sempre com desdém, a modos de que, “vamos falar com eles porque a isso somos obrigados”.
Só que a vida muda, tudo o que é bom deixa de o ser, e o que é mau passa a ser desejado.
Foi o que aconteceu recentemente como é do conhecimento geral.
O “casamento” por conveniência e arranjado à pressa, desfez-se, e toca olhar para outra “noiva “ – mesmo a que se dizia mal dela – para um novo possível matrimónio, a fim de se poder manter o regabofe, continuar com o quero, mando e posso.
Se isto não fosse tão serio e triste para o País e para cada um de nós, o melhor era de facto rirmos, mas rirmos a bandeiras despregadas.
Rui Rio agora é o SANTO DESEJADO, independentemente de pertencer à ala mais conservadora do partido. Se isso outrora tinha importância, deixou de ter, pois o fundamental é que entre os candidatos à liderança do PSD era aquele que estava – e deve estar – disposto a casamentar com os “caídos” do Poder, caso voltem a vencer as eleições.
Que fique claro, nada temos contra Rui Rio, aliás, foi o único Presidente de Câmara do Porto que teve a coragem de dizer a outro senhor presidente (desportivo) que quem mandava na cidade do Porto era ele, não se colocando de cócoras como os que o antecederam e aquele que lá está.
Nem que seja só por isso merece a nossa consideração.
O que aqui está em causa é a hipocrisia, o oportunismo e o golpismo, “virtudes” com as quais, sinceramente, não lidamos bem, independentemente serem da DIREITA ou da ESQUERDA os protagonistas.
Bom, mas como diz o ditado “Deus não fecha uma porta que não abra uma janela”. Se esse “casamento” vier a acontecer, os tais “fascistas” ficam reduzidos só à Madeira e aos Açores, (que bom!) se, claro, os governos destas regiões continuarem a não estenderem a governação aos únicos defensores da democracia e do socialismo, como se sabe e como se vê.
Aguardemos os próximos episódios que devem chegar (por ironia) já em época carnavalesca.
Juvenal Pereira