Pelo menos 38 mortos em ataque armado na Nigéria
Pelo menos 38 pessoas foram mortas num ataque armado a três localidades do estado de Kaduna, centro-norte da Nigéria, informaram hoje responsáveis oficiais.
O ataque decorreu nas localidades de Kauran Fawa, Marque e Riheya, no distrito de Giwa, afirmou em comunicado Samuel Aruwan, comissário de segurança interna de Kaduna.
"As agências de segurança confirmaram ao Governo do estado de Kaduna que 38 pessoas foram assassinadas nos locais atacados", assinalou Aruwan, ao precisar que os atacantes armados incendiaram casas, camiões, automóveis e quintas.
O comissário acrescentou que "foram identificadas 29 vítimas e nove permanecem por identificar", mas não especificou quando ocorreram os factos, apesar de residentes locais terem confirmado a agências noticiosas que se verificaram no sábado.
"Dispararam com as pessoas à vista. Mataram muita gente. Muitos também ficaram gravemente feridos", indicou uma testemunha local citada pela agência noticiosa Efe.
Kaduna e outros estados do nordeste do país africano são alvo de frequentes ataques por parte de bandos criminais -- que as autoridades apelidam de "bandidos" --, envolvidos no roubo de gado e em sequestros para garantir o pagamento de resgates.
Os ataques prosseguiram a pesar das promessas do Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, de terminar com este problema e o envio de mais forças de segurança para a zona.
Em agosto, um grupo armado tomou de assalto a academia militar, fortemente vigiada, na cidade de Kaduna, a capital do estado, matando dois oficiais e raptando um terceiro, num audacioso ataque contra forças militares.
Para escapar às autoridades, os "bandidos" têm estabelecido as suas bases na floresta de Rugu, limítrofe dos estados de Zamfara, Kaduna, Katsina e Niger (noroeste).
Para além destes ataques, o nordeste da Nigéria também tem sido flagelado desde 2009 pelos atentados do grupo 'jihadista' Boko Haram, e pela resposta, muitas vezes com reflexos na população covil, do exército nigeriano.
O Boko Haram procura impor um Estado de tradição islâmica no país, de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.