Rio diz que entendimento é preferível a "mera táctica partidária"
O presidente do PSD defendeu hoje que sempre que é possível entendimento com outras forças políticas, este é preferível à discórdia e "à mera tática partidária de curto prazo", recusando a "visão clubística" de adversários políticos tratados "quase como inimigos".
No encerramento do 39.º Congresso Nacional, Rui Rio entrou na sala, depois da proclamação dos resultados, com todos os presentes de pé e a entoar "PSD", ao som do hino "Paz, Pão, Povo e Liberdade", tendo depois sido exibido um vídeo que terminou com o lema que hoje preenche o palco da reunião magna do PSD: "Novos horizontes para Portugal".
"Como tenho vindo a dizer, encaro como muito relevante, senão mesmo como decisivo para o futuro de Portugal, o diálogo entre partidos políticos", disse, no período dos cumprimentos, uma frase que recebeu palmas dos presentes.
Para o presidente do PSD, "a visão clubística, que trata adversários políticos quase como inimigos", não se coaduna com a forma como vê a atividade partidária.
"Existimos todos para servir Portugal, apenas nos distinguimos na forma de o fazer. Pelo que defendo que sempre que o entendimento é possível, ele é, obviamente, preferível à discórdia e à mera tática partidária de curto prazo", defendeu.
Rio defendeu que "inventar diferenças para lá das que realmente existem, é um exercício inútil para quem coloca os interesses do País à frente dos do seu próprio partido".
Na sequência dos cumprimentos, seguiram-se os parceiros sociais.
"Se o diálogo entre partidos é relevante, o diálogo social tem igualmente, em democracia, um papel do máximo relevo. Ser-se social-democrata, é também fomentar o diálogo entre as diversas forças sociais, procurando, sempre que possível, a via do consenso na construção de um país mais justo e mais desenvolvido", enfatizou.