Pelo menos 75 mortos à passagem do tufão Rai
Pelo menos 75 pessoas morreram nas Filipinas devido à passagem do tufão Rai, o mais forte a atingir o país este ano, disseram hoje as autoridades.
O governador da ilha turística de Bohol (centro), Arthur Yap, anunciou, na sua página da rede social Facebook, que 49 pessoas tinham morrido e dez estavam desaparecidas nesta província, o que eleva para 75 mortos o balanço provisório da catástrofe.
"As comunicações continuam cortadas. Apenas 21 de 48 municípios entraram em contacto connosco", adiantou.
O tufão, com ventos sustentados de 195 quilómetros por hora (km/h), atravessou o centro e o sul das Filipinas, na quinta e na sexta-feira, obrigando cerca de 300 mil pessoas a fugir de casa.
Fotos aéreas divulgadas pelas forças armadas filipinas mostram que o rasto de destruição deixado pela tempestade tropical, que arrancou árvores, telhados e postos elétricos, antes de avançar no sábado para o mar do Sul da China, em direção ao Vietname.
Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau alertaram já que o Rai vai entrar "na zona de alerta de 800 quilómetros de Macau na segunda-feira", prevendo que a tempestade enfraqueça gradualmente, apesar de ainda existirem "grandes incertezas quando à sua intensidade".
O Rai ocorre particularmente tarde para a habitual época em que a maioria das tempestades tropicais se formam no oceano Pacífico, entre julho e outubro.
A comunidade científica tem vindo a alertar para a crescente intensidade destes fenómenos, relacionada com o aumento do aquecimento global causado pela ação humana.
As Filipinas, consideradas um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas, são atingidas todos os anos por cerca de 20 tufões, que causam vítimas e danos. Em 2013, o supertufão Hayan causou mais de 7.300 mortos ou desaparecidos.