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Tiago Pitta e Cunha vence Prémio Pessoa 2021

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O especialista em assuntos do mar Tiago Pitta e Cunha venceu o Prémio Pessoa 2021, anunciou hoje o júri, numa transmissão 'online'.

O júri do Prémio Pessoa 2021 foi composto por Francisco Pinto Balsemão, que presidiu, Emílio Rui Vilar, Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques.

Ao atribuir o galardão de 2021 a Tiago Pitta e Cunha, o Júri do Prémio Pessoa teve em consideração: o rigor e a persistente coerência de mais de duas décadas e meia dedicadas integralmente a trazer a importância do Mar para a agenda política e cultural nacional, europeia e global; a unidade entre pensamento e acção; uma liderança baseada no exemplo e na partilha de responsabilidades. A Fundação Oceano Azul é ela própria resultante de um processo de diálogo e convergência de actores e perspectivas diferenciados, onde se destaca o papel da filantropia e da responsabilidade social privadas.

O Júri do Prémio Pessoa considera que através do reconhecimento da acção e personalidade de Tiago Pitta e Cunha se pretende, igualmente, distinguir e estimular todos aqueles que colocam o seu saber e talento ao serviço de causas públicas de valor universal, aumentando com isso a viabilidade de uma cultura voltada para a cooperação colectiva, factor crítico de que dependerá, em grande medida, a superação das ameaças existenciais contemporâneas”.

Sobre o vencedor

Tiago Pitta e Cunha é hoje uma das personalidades mais reconhecidas e relevantes - em Portugal, na Europa e no plano internacional – na luta pela necessária mudança de atitude das sociedades humanas em relação aos assuntos do Mar e dos Oceanos. A sua visão transformadora envolve as políticas públicas, mas também os valores éticos, as atitudes, os comportamentos que são gerados pela cultura, pela educação, pelas novas exigências de literacia científica, que a complexidade do nosso tempo nos exige.

Os assuntos do Mar e dos Oceanos têm estado presentes na sua actividade profissional com a intensidade de uma escolha vocacional, tendo desempenhado cargos nacionais e internacionais, nomeadamente na ONU, na Comissão Europeia e como Consultor do Presidente da República. É administrador executivo do Conselho de Administração da Fundação Oceano Azul, desde a sua criação em 2017.

Tiago Pitta e Cunha e a Fundação Oceano Azul têm impulsionado, a criação de alianças entre múltiplos interesses públicos e privados, traduzindo-se, em especial mas não exclusivamente, na criação de vastas áreas de protecção dos ecossistemas marinhos, contrariando a tendência ainda dominante para a sua degradação. Em 2021, salientam-se: a proposta, cientificamente fundamentada, de criação de uma Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário, o Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado; o alargamento da Área Marinha Protegida das Selvagens, a maior do género no Atlântico Norte; o anúncio, em 3 de Dezembro, pelo Governo Regional dos Açores, do objectivo de criar, até 2023, uma vastíssima Área Marinha Protegida de 300 000 Km2.