O presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Pedro Calado, assegura que serão criadas todas as condições para garantir a segurança dos funcionários da empresa municipal Frente MarFunchal, depois do incidente ocorrido hoje, onde o administrador Rui Cortez foi vítima de ameaça com arma de fogo por parte um funcionário que faz parte da lista de despedimentos.

"Vamos criar todas as condições para garantir a segurança a todos os funcionários da Frente Mar", adiantou Pedro Calado, esta tarde à margem da visita à 6.ª edição da exposição 'Mesas de Natal com Bordado Madeira da Bordal', patente no Teatro Municipal Baltazar Dias.

"Vamos seguir as tramitações normais, o que fizemos logo foi dar conhecimento à Polícia de Segurança Pública daquilo que tinha acontecido, porque no fundo é uma ameaça física, pessoal, mas é também uma ameaça contra a instituição e uma ameaça contra os órgãos de poder do município do Funchal", vinca.

O presidente da CMF adianta que a autarquia, neste momento, vai agir em consonância com a PSP, mas para já não haverá necessidade de recurso a protecção policial para alguém em especial.

"Por aquilo que nos dizem dentro da empresa, já não é a primeira vez que isto acontecia - o que é lamentável - pena foi que nunca foram tomadas decisões e deixaram-se as coisas andar durante muito tempo, sem qualquer regra nem controlo e que depois leva a estes casos extremos", sublinha o autarca funchalense, acrescentando que "não são este tipo de situações que nos vai demover dos nossos objectivos e do que temos de fazer em prol de toda a população do Funchal".

Pedro Calado lamenta a situação ocorrida hoje, sublinhando que é algo "que não nos deixa confortáveis, porque todos nós estamos a desempenhar as nossas funções, dentro do profissionalismo e da seriedade que se impõe". O presidente da edilidade funchalense lembra que aquilo que o administrador da Frente MarFunchal, Rui Cortez, executou "foram decisões nossas, da Câmara Municipal, decisões essas que têm como único objectivo tornarem a empresa equilibrada financeiramente e, sobretudo, dar confiança a quem lá trabalha".

"Não se pode brincar com os postos de trabalho de ninguém, sobretudo com as pessoas que hoje têm condições para tornar a empresa viável, sustentável, à custa destas e e doutras situações que se estavam a passar na Frente Mar e que foram detectadas a tempo e que, em bom rigor, têm de ser afastadas", vincou Pedro Calado.