Madeira

Sete anos de prisão para dono de veleiro que chegou ao Funchal com 300 quilos de cocaína

Foto Hélder Santos/Aspress
Foto Hélder Santos/Aspress

Os dois tripulantes italianos do veleiro ‘Goldmund’, que chegou à marina do Funchal em Junho de 2020 com cerca de 300 quilos de cocaína a bordo, tiveram sortes diferentes no acórdão que foi conhecido esta tarde no Juízo Central Criminal do Funchal (Edifício 2000). Guido Consigli, de 60 anos, dono da embarcação, foi condenado a 7 anos de prisão pela prática do crime de ‘tráfico e outras actividades ilícitas' (art.º 21 da chamada lei da droga). Já Claudio Paradisi, de 54 anos, que fora contratado como mecânico, foi absolvido. O colectivo de juízas, presidido por Fernanda Sequeira, decidiu ainda que os bens apreendidos aos arguidos, incluindo o veleiro, com valor situado entre 150 mil e 200 mil euros, devem ser restituídos aos proprietários.

Guido Consigli, que estava em prisão preventiva desde a apreensão da droga, não assistiu à leitura do acórdão, visto que sofre de doença oncológica e no decorrer do julgamento foi transferido para o hospital prisional de Caxias (área de Lisboa). Já Claudio Paradisi, que se encontrava em prisão domiciliária, teve ordem para libertação imediata. O arguido não escondeu o alívio, tendo agradecido ao tribunal e dado um abraço à sua defensora, a advogada madeirense Etelvina Gomes. A sua absolvição decorreu em larga medida do facto do dono da embarcação ter garantido que o mecânico desconhecia a existência de cocaína escondida em escotilhas na parte traseira do veleiro.

Este julgamento teve início a 22 de Setembro passado.