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Vaticano pede desculpas a grupo de defesa da comunidade LGBTQ

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Foto Shutterstock

 Um representante do Vaticano pediu hoje desculpas a um importante grupo de defesa da comunidade LGBTQ católica por ter sido retirada uma referência no site da instituição e recebeu elogios pela decisão.

O Secretariado-Geral do Sínodo dos Bispos do Vaticano está a organizar uma consulta de dois anos aos católicos, antes da reunião de bispos de 2023, e tinha incluído no site uma referência a um vídeo de uma reunião online do Ministério New Ways (Novos Caminhos), dos EUA, que exortava os católicos LGBTQ a participar no processo de consulta.

Mas a referência foi retirada no início deste mês sem qualquer explicação, com as suspeitas do grupo a recaírem, segundo a agência Associated Press, sobre a conferência de bispos dos EUA, liderada por conservadores que têm mantido distância para com o Ministério New Ways.

"Ao caminharmos juntos, por vezes podemos cair. Mas o importante é voltarmos a levantar-nos com a ajuda dos irmãos e irmãs", escreveu o diretor de comunicação do Sínodo, Thierry Bonaventura, num boletim informativo.

O responsável do Vaticano acrescentou ainda que queria pedir desculpa "a todos a comunidade LGBT e membros do Ministério New Ways pela dor causada" com a retirada do vídeo e incentivou-os a contribuir com as suas reflexões para o processo de consulta.

O pedido de desculpas foi imediatamente aceite pelo Ministério New Ways, que o considerou um reconhecimento "histórico" da igreja do "dano que tal desprezo poderia ter provocado às pessoas LGBTQ e a toda a igreja".

"As desculpas são poderosas na sua capacidade de construir pontes de reconciliação e justiça. As autoridades do Vaticano raramente pedem desculpas e nunca o fizeram à comunidade LGBTQ ou a um ministério católico LGBTQ", frisou, em comunicado, o diretor executivo do Ministério New Ways, Francis De Bernardo.