Madeira

PS-Funchal considera “inadmissível” despedimento trabalhadores da Frente Mar

None

Em nota remetida esta tarde à imprensa, o Grupo Municipal do PS Funchal manifestou a sua "perplexidade" e "repúdio" sobre a intenção do Município do Funchal de despedir trabalhadores da empresa municipal Frente MarFunchal.

Frente MarFunchal avança com reestruturação

Rescisão laboral com cerca de 10% dos trabalhadores

Segundo afirma a porta-voz do Grupo Municipal Socialista, "apesar da situação financeira da empresa, em momento algum estiveram equacionados despedimentos dos trabalhadores”, considerando que "a Câmara pode e deve reintegrar estes funcionários".

Andreia Caetano vai mais longe e acusa o actual executivo municipal de, "mais uma vez, defraudar aqueles que confiaram em si".

“O actual administrador da Frente MarFunchal, que não passa de um ‘boy’ do PSD, afirmou que estes despedimentos incidem sobre ‘cargos e funções redundantes’ à actividade da empresa e, referindo-se aos trabalhadores, disse que já não são necessários à atividade da empresa e que, durante anos, pesaram, desnecessariamente, na estrutura da Frente Mar, representando encargos financeiros superiores a 250 mil euros/ano”, criticou a representante do PS, advertindo que "estas funções redundantes englobam socorristas, nadadores salvadores, serviços administrativos e manutenção".

"Nunca ninguém disse que inversão dos resultados negativos não implicaria restruturação"

A coligação 'Funchal Sempre à Frente', que lidera o actual executivo camarário, lamenta publicamente o "posicionamento oportunista" da 'Confiança' sobre a reestruturação da Frente Mar.

“Para estes senhores, as pessoas são descartáveis, não passam de números”, lamenta Andreia Caetano, considerando esta situação “inacreditável e inadmissível”, ainda para mais “quando sabemos existirem razões políticas na base de outras decisões relacionadas com a cessação de comissões de serviço de trabalhadoras e trabalhadores do município”.

Neste seguimento, o Grupo Municipal do Funchal do PS exige saber "que trabalhadores estão abrangidos por este processo de despedimento e quais as razões e fundamentos para tal".

“Não nos revemos nesta forma de tratar os trabalhadores e as suas famílias, mas não nos surpreende que isto esteja a ser feito pelo PSD e pelo CDS. Já vimos o mesmo acontecer no passado exatamente com trabalhadores desta mesma empresa”, remata a socialista.