"Nunca ninguém disse que inversão dos resultados negativos não implicaria restruturação"
A coligação 'Funchal Sempre à Frente', que suporta o actual executivo camarário, lamenta publicamente o "posicionamento oportunista" da 'Confiança' sobre a reestruturação da Frente Mar, devolvendo acusações.
“Inadmissível”, segundo a coligação PSD/CDS, é o “roubo” feito pela coligação 'Confiança' aos funchalenses, que para o ano não vão receber qualquer devolução do IRS municipal.
Frente MarFunchal avança com reestruturação
Rescisão laboral com cerca de 10% dos trabalhadores
O 'Funchal Sempre à Frente', acusa o PS de não cortar nas "gorduras" na empresa municipal e manter "os seus 'boys' a serem bem pagos, acima da média de remunerações entregues aos restantes funcionários, sem que os mesmos se dignassem a comparecer ao trabalho".
Aqueles "ao longo de oito anos 'engordaram' a empresa municipal Frente MarFunchal, ao ponto de acumularem prejuízos ao ritmo de um milhão de euros por ano", agora "dizem-se solidários e preocupados com os trabalhadores e o futuro da referida empresa", atira.
'Confiança' contra despedimentos na Frente MarFunchal
A vereação da coligação 'Confiança', já reagiu ao processo de restruturação da Frente MarFunchal, manifestando o seu "repúdio" pelo despedimento colectivo de trabalhadores da empresa que gere os complexos balneares, estacionamentos e parquímetros da cidade.
A nota vai mais longe e refere que "os mesmos que quase faliram a Frente Mar, foram aqueles que depois a queriam encerrar, para então transferirem para as contas da Câmara Municipal do Funchal o ónus directo desse despesismo".
"Só assim se percebe o incómodo que estas medidas causam nas hostes socialistas, quando se percebe que estas apenas visam viabilizar a empresa e evitar que a mesma seja encerrada, lançando no desemprego a totalidade dos seus trabalhadores", acrescenta.
A coligação 'Funchal Sempre à Frente' clarifica ainda que "durante a campanha eleitoral às autárquicas, sempre foi muito clara em relação a esta questão", assumindo o compromisso de "não dissolver a empresa, dotando-a de uma gestão rigorosa, transparente e profissional, para que se pudesse salvaguardar a esmagadora maioria dos postos de trabalho".
Nunca ninguém disse que a inversão dos resultados negativos da Frente MarFunchal não implicaria uma restruturação, quer do lado da despesa, como da receita. Nem que essa reestruturação significaria manter postos de trabalhos redundantes, desnecessários à estrutura da empresa e, muito menos, manter empregos de quem estava a receber ordenado, mas não comparecia ao trabalho.