Frente MarFunchal avança com reestruturação
Rescisão laboral abrange cerca de 10% dos trabalhadores
O DIÁRIO apurou que a empresa municipal Frente
MarFunchal, que gere os complexos balneares, estacionamentos e parquímetros do
Funchal, iniciou um processo de reestruturação, com vista ao seu equilíbrio
financeiro e de modo a evitar a sua falência e encerramento, conforme
compromisso assumido pelo novo executivo camarário, liderado por Pedro Calado.
A empresa encontra-se deficitária há vários anos e, em finais de 2020, houve,
inclusive salários em atraso.
Para preservar a sobrevivência da empresa municipal e a salvaguarda da “maioria esmagadora” dos postos de trabalho, o recém-nomeado administrador, Rui Cortez, refere que a reestruturação em curso engloba a rescisão do vínculo laboral com "uma pequena percentagem" do total de 112 colaboradores, cerca de 10%, e incide sobre cargos e funções que “já não são necessários à actividade da empresa e que, durante anos, pesaram, desnecessariamente na estrutura da Frente Mar, representando encargos financeiros superiores a 250 mil euros/ano”. Nesta reestruturação, também existem situações de saídas por mútuo acordo e reformas antecipadas, bem como acordos de rescisão de contrato de trabalho. “Em todos estes casos haverá pagamento de indemnização compensatória e direito a subsídio de desemprego”, assegura o administrador da Frente MarFunchal, que garante estar a cumprir com todas as obrigações legais.
Já depois de tomar posse, a equipa de Pedro Calado viu-se obrigada a compensar a empresa municipal
com quase um milhão de euros, para assegurar os custos de funcionamento
referentes a 2020.