Empresas de Serviços cresceram 5% em número e 21% em volume de negócios
As empresas com sede na Madeira do sector dos Serviços prestados aumentaram em toda a linha no ano passado, numa altura em que o mundo atravessava uma crise sem precedentes. Não só aumentaram em número, como em volume de negócios, na prestação de serviços (aos clientes), bem como no pessoal ao serviço e, claro, nos gastos com pessoal.
Efectivamente, não só os indicadores cresceram em toda a linha em 2020 face a 2019 (recorde-se que a economia regional vinha crescendo consecutivamente há seis anos antes da pandemia), mas também estas entidades que se enquadram nos ‘Serviços Prestados às Empresas’ (SPE) bateram todos os recordes pelo menos desde 2008 (período em que se deu a anterior crise financeira).
Em 2020, dados provisórios divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam para 2.371 empresas de SPE, que empregavam 7.015 pessoas ao serviço. Estas empresas prestaram serviços no valor de mais de 321,8 milhões de euros e tiveram um volume de negócios de mais de 366,2 milhões de euros, enquanto que o Valor Acrescentado Bruto a preços de mercado (VABpm) ascendeu a mais de 192,7 milhões de euros e, ainda, tiveram gastos com pessoal que ascenderam a 107,6 milhões de euros, representando mesmo um excedente bruto de exploração significativo de 86,8 milhões de euros.
Todos estes sete indicadores significaram aumentos, alguns dos quais significativos. O número de empresas subiu 5,19% e o pessoal ao serviço cresceu 16,88% face a 2019, ambos mantendo o crescimento que já vinha desde 2014 no primeiro caso e 2015 no segundo caso, mas ambos superando todos os indicadores dos anteriores 12 anos.
Já os indicadores financeiros a prestação de serviços aumentou 12,67%, o volume de negócios disparou 21,11%, o VABpm ascendeu 38,08%, embora os gastos com pessoal (+7,35%) não tenham acompanhado o do pessoal ao serviço, crescendo menos de metade aliás. Por fim, o excedente bruto de exploração atingiu níveis 'absurdos', +117,56%.
Note-se, estamos a falar de 2020 com todo o efeito disruptivo verificado por causa da pandemia. O crescimento deste sector revela que, efectivamente, nem todos os sectores sofreram com a actual crise.