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EUA impõem sanções a 15 pessoas e empresas em três continentes

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou hoje a imposição de sanções a 15 pessoas e entidades na América Central, África e Europa, no dia em que se celebra o Dia Internacional contra a Corrupção.

"Atos de corrupção roubam recursos dos cidadãos, minam a confiança pública e ameaçam o progresso daqueles que lutam pela democracia", disse a secretária do Tesouro, Janet L.Yellen, equivalente à figura da ministra das Finanças nos governos europeus.

"O Tesouro está empenhado em combater aqueles que buscam o enriquecimento pessoal às custas das pessoas que confiam neles para servir - especialmente no meio de uma pandemia global, estamos a tomar estas medidas hoje para expor e responsabilizar os líderes corruptos", acrescentou a governante.

Além de Angola, em que são visados dois antigos elementos da Presidência de José Eduardo dos Santos, em São Salvador é visada Martha Carolina Recinos de Bernal, pelo envolvimento num esquema de corrupção para a construção de um hospital.

Na Guatemala, o visado é Manuel Victor Martinez Olivet, antigo dirigente no Ministério da Saúde por favorecer a família nos contratos públicos.

No Sudão do Sul, a ordem executiva 13.818 visa as empresas ARC Resources Corporation Limited e Winners Construction Company Limited, propriedade ou controladas por Benjamin Bol Mel, que terá usado as empresas para lavar dinheiro.

Na Libéria, a ordem executiva aponta para o príncipe Yormie Johnson, apresentado como "um ex-senhor da guerra e atual membro do Senado da Libéria" que lava dinheiro e recebe verbas do Governo simplesmente para "manter a estabilidade" no país.

Na Ucrânia, as sanções agora conhecidas visam Andriy Portnov, o ex-vice-chefe da Presidência ucraniana no tempo de Yanukovych, que terá cultivado "amplas conexões com o aparelho judiciário e policial da Ucrânia por meio de suborno".

As sanções decretadas implicam que "todos os bens e interesses na propriedade das pessoas" que "estejam nos Estados Unidos ou na posse ou controle de pessoas dos EUA estão bloqueados e devem ser informados ao OFAC [Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros]", do Departamento do Tesouro, acrescenta-se ainda na nota.

Além disso, "quaisquer entidades que pertençam, direta ou indiretamente, 50% ou mais a uma ou mais pessoas bloqueadas, também são bloqueadas", não podendo qualquer ativo ser transacionado nem beneficiar de contribuições ou fornecimentos de fundos, bens ou serviços envolvendo as pessoas sancionadas.