País

PR relembra Eduardo Lourenço "com saudade" um ano depois da sua morte

Foto: Márcia Lessa/Fundação Gulbenkian
Foto: Márcia Lessa/Fundação Gulbenkian

O Presidente da República relembrou hoje o ensaísta e filósofo Eduardo Lourenço, falecido há um ano, evocando, "com saudade", o "mais destacado intelectual público" e "mais importante ensaísta" desde o "início da segunda metade" do século XX.

"Neste dia, o Presidente da República evoca, com saudade, aquele que foi, desde o início da segunda metade do século passado, o nosso mais importante ensaísta e crítico, o nosso mais destacado intelectual público, bem como seu Conselheiro de Estado durante todo o primeiro mandato presidencial", lê-se numa nota publicada no site da Presidência da República, que relembra que Eduardo Lourenço faleceu "há exatamente um ano".

Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa e morreu a 01 de dezembro de 2020, em Lisboa, aos 97 anos.

Eduardo Lourenço Faria nasceu em 23 de maio de 1923, em S. Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, na Beira Baixa.

Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, na Universidade de Coimbra, em 1946, aí inicia o seu percurso, como assistente e como autor, com a publicação de "Heterodoxia" (1949).

Seguir-se-iam as funções de Leitor de Cultura Portuguesa, nas universidades de Hamburgo e Heidelberg, em Montpellier e no Brasil, até se fixar na cidade francesa de Vence, em 1965, com atividade pedagógica nas principais universidades francesas.

Foi conselheiro cultural da Embaixada Portuguesa em Roma. Em 1999, passou a administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que tem em curso a publicação da sua obra integral.

Autor de mais de 40 títulos, possuiu desde sempre "um olhar inquietante sobre a realidade", como destacaram os seus pares.

"O Labirinto da Saudade" e "Fernando, Rei da Nossa Baviera" são algumas das suas principais obras.

Eduardo Lourenço recebeu o Prémio Camões (1996) e o Prémio Pessoa (2011).

Entre outras distinções, recebeu as insígnias de Grande Oficial e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Era Oficial da Ordem Nacional do Mérito, Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras e da Legião de Honra de França.