Duque de Bragança critica "fraco desempenho económico português" (com vídeo)
"É necessário, agora que vamos receber generosos fundos vindos da Europa, que os nossos políticos definam uma estratégia para o nosso país", aponta D. Duarte
D. Duarte, Duque de Bragança, apontou o dedo, esta quarta-feira, aos políticos e às políticas seguidas por Portugal, que têm determinado um "fraco desempenho económico" do País.
Foi na sua habitual mensagem por ocasião das celebrações do 1.º de Dezembro, dia da Restauração da Independência, que representante máximo da Casa Real Portuguesa, "nas últimas décadas Portugal cresce apenas 1% ao ano, sendo que esta situação encerra em si mesma um problema claro de crescimento e ambição como tem vindo a ser salientado por várias personalidades".
Este ano foi particularmente difícil e exigente para todos os portugueses. A pandemia que vivemos não deu tréguas a ninguém, tendo Portugal sofrido, tal como o resto do mundo, de muitas limitações que tiveram significativas consequências económicas. Não foram apenas estas as únicas grandes mudanças: a nível anímico e psicológico a pandemia trouxe-nos também consequências. 2022 será por isso um ano de grande importância para ultrapassar estas questões e colocar o país a funcionar com normalidade. D. Duarte, Duque de Bragança
Nas palavras que dirigiu aos portugues, D. Duarte enaltece o papel de Gouveia e Melo, no contexto da operação de vacinação contra a covid-19, cujo "trabalho na liderança de uma equipa muito profissional e empenhada permitiu a Portugal atingir níveis de vacinação excepcionais num curto espaço de tempo".
A pandemia veio evidenciar mais uma vez o fraco desempenho económico português. Nas últimas décadas Portugal cresce apenas 1% ao ano, sendo que esta situação encerra em si mesma um problema claro de crescimento e ambição como tem vindo a ser salientado por várias personalidades. É necessário, agora que vamos receber generosos fundos vindos da Europa, que os nossos políticos definam uma estratégia para o nosso país. Ao longo de anos são apontados por estudos e por vários peritos as debilidades da nossa economia, assim como as soluções para o seu crescimento. Tardam as necessárias reformas estruturais e nos vários sectores económicos que permitam trazer mais investimento para o nosso país. Por uma vez, temos de ultrapassar a mediocridade e falta de ambição que temos vindo a assumir nos últimos anos. O País não pode ser prejudicado pela sobreposição de interesses partidários e ambições pessoais aos interesses nacionais. É urgente que Portugal volte a colocar-se como actor dinâmico na sociedade das nações europeias. Temos de voltar a ser notícia por boas razões e não apenas pela aprovação de medidas insólitas, que apenas bloqueiam o funcionamento das empresas e prejudicam a criação de riqueza, afugentando os investidores. D. Duarte, Duque de Bragança