Dez novos parceiros ajudam Fundação Contra a SIDA a alargar a actividade na Madeira
Dez especialistas madeirenses de diferentes áreas (medicina, psicologia, educação, direito, social e comunicação) integram a comissão científica que vai ajudar a delegação regional da Fundação Portuguesa a Comunidade Contra a SIDA a cumprir a sua missão de informar e prevenir a doença. A constituição deste grupo consultivo é uma forma de assinalar o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA e a primeira reunião teve lugar, esta manhã, na sede do Sindicato dos Jornalistas, na Zona Velha da Cidade.
Neste primeiro encontro, a comissão científica vai estabelecer uma carta de missão, com o objectivo de pensar, reflectir, criar estratégias para ajudar a Fundação a trabalhar as áreas da prevenção e da intervenção geral. "Será uma mais-valia, porque mais do que um plano de actividades temos que ter o parecer e o apoio dos interlocutores que operam no terreno. Isso é a melhor estratégia de podermos trabalhar de uma forma mais abrangente", descreveu Rubina Leal, porta-voz da Fundação, que revelou que "a ideia passa também por alargar um pouco mais a área de intervenção" desta entidade. "Temos estado muito focados na área da SIDA e o objectivo é alargar para os comportamentos de risco, nomeadamente as toxicodependências", adiantou.
Rubina Leal admitiu que, "com a pandemia, a SIDA ficou um pouco esquecida". Com o desenvolvimento de terapêuticas mais eficazes, a doença tornou-se quase como uma doença crónica. O estigma social em relação aos seropositivos e doentes "já não é tão patente mas obviamente ainda existe". "Nós continuamos, aqui, a trabalhar no sentido de eliminar completamente todas as crenças e preconceitos e a estigmatização que possa existir", afirmou a mesma responsável.
Fundação Portuguesa a Comunidade Contra a SIDA está presente na Madeira há mais de 20 anos e tem a sua sede em Santo Amaro.