Após o chumbo do OE22 perfila-se o bloco central
O falhanço da não aprovação do OE22 radica no PS ter no seu seio três facções...
Uma é poucochinho socialista, outra é do centro e uma terceira é de direita pré-dominante, que pela sua intransigência ditou o chumbo do OE. O governo apoiado, sobretudo, no PS minoritário no Parlamento, comportou-se como «sendo» absolutista.
Houve uma santa aliança entre o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (MRS) e o governo liderado por António Costa, que lançou MRS como recandidato à presidência...
O presidente foi errático ao agitar «o» espantalho das eleições antecipadas, caso o OE fosse chumbado, para posteriormente, como se viu, abrir a porta ao seu PSD, em guerra civil. Foi insuportável até mesmo para Rui Rio, presidente deste partido, por ter recebido, Paulo Rangel candidato ao lugar de Rio, no mesmo dia em que se votava o OE (!). Ficou rotulado de parcial.
MRS disse que a marcação das eleições tinha de ser em Janeiro e o mais rápido possível. Marcou para uma data não consensual - 30 de Janeiro, sendo esta o paradigma da rapidez(!).
Mais uma vez beneficiou as direitas e extremas direitas, que em sintonia com o PS aplaudiram a data escolhida. Pudera! Invocou que assim não coincidia com o Natal nem Ano Novo e evitaria debates em festejos familiares. Uma falácia! A sua eleição presidencial em 2016, que se realizou em 24 de Janeiro, caiu em plenas festividades.
O presidente da República não é de todos os portugueses e no fundo julga-nos tolos.
Há um clamor de crise. Ela não toca todos e há muito que está instalada. É social\pobreza, laboral, no SNS, na habitação, na educação, na Justiça que não combate a nossa maior chaga - a corrupção! Portugal é pobre para cada vez mais trabalhadores que vivem com o salário minimíssimo nacional, sendo rico para uma escassa minoria, que beneficia de benesses, de iniquidades, da pobreza e da indigência...
Para as classes de fracos recursos, a luta tem de ser contínua!
Vítor Colaço Santos