Madeira

Rui Rio admite abrir excepção relativamente à Região Autónoma da Madeira

Presidente do PSD vai abdicar de campanha interna para se centrar nas legislativas

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Foto Lusa

Rui Rio admitiu que abrirá uma excepção relativamente à Região Autónoma da Madeira, onde, no âmbito dos contactos que irá fazer para se inteirar dos principais problemas da região no quadro das eleições nacionais, poderá ter um contacto exclusivo com militantes do PSD. 

O presidente do PSD e recandidato ao cargo anunciou hoje que não irá fazer campanha para as diretas de 27 novembro para se concentrar nas eleições legislativas e na oposição ao PS e Governo.

"Entendo que, enquanto presidente do PSD e no pleno exercício do meu mandato, compete-me prioritariamente preparar o partido para as eleições nacionais e não para a disputa interna", afirmou o social-democrata durante uma conferência de imprensa na sede do partido, no Porto.

Para Rui Rio, o mais importante é o PSD não desperdiçar a possibilidade de ganhar as eleições ao PS.

E, isso, acrescentou, exige uma "concentração total e absoluta, em consonância com a enorme responsabilidade que assume quem quer governar Portugal".

Afirmando que, para concretizar a sua estratégia, precisa de tempo e disponibilidade, Rui Rio ressalvou que a sua obrigação é concentrar a atividade nas funções de presidente do PSD, seja na oposição direta a António Costa, seja na organização da campanha eleitoral para as legislativas de janeiro de 2022.

Questionado se não tenciona participar em debates com o adversário Paulo Rangel, no âmbito da disputa da liderança, Rui Rio disse que não e que "os debates, em cima das legislativas, podem até ser prejudiciais ao partido".

Sobre se essa sua posição não poderá ser entendida como medo de enfrentar o adversário, Rui Rio, que não conteve as gargalhadas, questionou: "medo de quê?".

Para, de seguida, referir: "quantos debates já não fiz na vida? Com quantas pessoas já não debati?".

O social-democrata reafirmou que dizer que se quer governar Portugal é de uma responsabilidade enorme e, desse modo, o que lhe compete fazer neste momento é construir um programa com "competência e seriedade" e que seja exequível para não chegar ao Governo e dizerem que é "igual aos outros porque prometeu e não cumpriu".

"Estou plenamente convencido de que serei muito mais útil ao meu partido e ao meu país se, em lugar de alimentar uma disputa interna, dedicar o meu trabalho ao reforço da posição do PSD na sociedade, a tão escasso tempo de eleições", frisou.