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PSD alerta para curto tempo de discussão pública sobre próximo quadro comunitário

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O PSD alertou hoje para o período "muito curto" de discussão pública prevista pelo Governo para o Acordo de Parceria Portugal 2030, e insistiu na preocupação de haver prioridade ao crescimento, competitividade e apoios às empresas.

Estas posições foram transmitidas pelo vice-presidente da bancada do PSD Afonso Oliveira, no final de uma reunião com o Governo na Assembleia da República, em que foram apresentadas as linhas gerais do Acordo de Parceria Portugal 2030, o novo quadro financeiro plurianual da União Europeia, que vai substituir o Portugal 2020.

"O Governo transmitiu-nos de forma muito clara que, durante 15 dias, no máximo três semanas, será o tempo de discussão pública. Parece-nos muito curto para um tema desta importância, desta dimensão", afirmou o deputado, dizendo que estão em causa 23 mil milhões de euros de fundos estruturais da União Europeia para a economia portuguesa.

Afonso Oliveira referiu ainda que na apresentação, que se estendeu por mais de uma hora, "não foi possível ver em detalhe qual é a afetação dos recursos para o país", com os sociais-democratas preocupados com a sua distribuição pelo território e para as empresas.

"A preocupação fundamental é a mesma que para o Plano de Recuperação e Resiliência. Não estava colocada em cima da mesa uma estratégia de crescimento, de aumento de competitividade de apoios às empresas", afirmou.

O deputado defendeu que, apesar do período curto de discussão pública, o Governo deve "incorporar as opiniões e perceções das várias entidades".

Por outro lado, apelou, tem ser "assegurada a transparência em relação aos fundos", quer da informação para as empresas, quer da governação dos fundos

O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, e o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, apresentam as Linhas Orientadoras do Acordo de Parceria Portugal 2030, o novo quadro financeiro plurianual da União Europeia, que vai substituir o Portugal 2020.

Hoje, já foram recebidos no parlamento BE e PSD, seguindo-se PCP, CDS-PP, PAN, PEV e PS.

Na quarta-feira, serão recebidos os partidos Chega e Iniciativa Liberal e a deputada não inscrita Cristina Rodrigues.