Rangel saúda que Rio “finalmente queira fazer oposição a António Costa”
Mas lamenta “o silêncio total” sobre a entrevista ao primeiro-ministro
Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD saúda que o seu adversário interno, Rui Rio, tenha finalmente alinhado na ideia que o foco da oposição deve estar centrado no governo de António Costa e não no confronto entre os dois candidatos social-democratas.
À chegada ao Aeroporto da Madeira, para regressar a Lisboa após dois dias de campanha na Região Autónoma, Rangel fez questão de enaltecer a decisão de Rui Rio.
“Há uma coisa que eu saúdo muito claramente. É que o Dr. Rui Rio, finalmente, queira fazer oposição ao Dr. António Costa e concentre todos os seus esforços nisso, porque isso é o que eu já tenho feito nesta campanha”, salientou.
Mas não deixou de lamentar que Rio não tenha já reagido à entrevista de António Costa, entrevista “que ele (Rui Rio) não quis comentar. Para quem queria começar a fazer oposição a António Costa ficou claro que a oposição começou com um silêncio total sobre a entrevista de António Costa”, criticou.
Em causa os atrasos na vacinação, que levou já esta tarde Rangel a propor que o vice-almirante Gouveia e Melo seja chamado a ‘meter ordem’ para podermos chegar ao Natal em boas condições, e porque o futuro de Portugal depende do crescimento económico e da criação de riqueza, a concertação social é fundamental “e António Costa rompeu com a concertação social, como hoje ficou muito claro” referindo-se “ao bloqueio da concertação social” face à ausência das confederações e associações patronais na audição sobre os fundos estruturais para os anos 2021-2027.
Assuntos de primeira importância que Rangel estranha não terem sido comentados por Rui Rio.
Rangel que disse ter ficado “contente” por Rui Rio ter “correspondido ao apelo de fazer oposição ao governo”, admitiu que a campanha interna também não deve ser abandonada, por “respeito” aos militantes, predispondo-se por isso para “haver algum debate interno” e disponível “para um ou dois debates” entre os dois candidatos, embora considere que o frente-a-frente não é o mais importante.