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Cidade chinesa paga 13.500 euros por informações sobre origem de surto de covid-19

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Uma cidade chinesa situada na fronteira com a Rússia está a oferecer 100.000 yuans (13.500 euros) como recompensa por qualquer informação sobre a origem de um surto local de covid-19.

A cidade de Heihe, separada da Rússia pelo rio Amur, declarou uma "guerra popular" contra o vírus, depois de ter detetado várias dezenas de casos nos últimos dias.

As autoridades locais estão particularmente preocupadas com o risco de transmissão a partir de contrabandistas, caçadores furtivos ou pescadores que atravessam ilegalmente a fronteira com a Rússia.

Estas atividades devem ser denunciadas imediatamente, declararam hoje as autoridades da cidade de 1,5 milhão de habitantes.

"Para saber o mais rápido possível a origem da contaminação e a cadeia de transmissão, é necessário travar uma guerra popular de controlo e prevenção da epidemia", explicaram.

A China, onde foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19 há quase dois anos, conseguiu travar amplamente o contágio através de medidas radicais: triagem sistemática, quarentenas e encerramento das fronteiras.

Mas o país enfrenta agora o ressurgimento esporádico da epidemia, sobretudo no norte.

As autoridades estão a reagir com firmeza, visando impedir a contaminação no período que antecede os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, em fevereiro.

A China detetou 43 casos em todo o país nas últimas 24 horas, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país.

Os últimos surtos levaram à quarentena de milhões de habitantes. Em Pequim, os residentes são convidados a não sair da capital a menos que seja absolutamente necessário.