Madeira

Forças Armadas "repudiam totalmente" comportamentos contrários aos valores da Instituição

None
Foto Arquivo/MARIO CRUZ/LUSA

"As Forças Armadas repudiam totalmente estes comportamentos contrários aos valores da Instituição Militar". É desta forma que o Estado-Maior-General das Forças Armadas reage à investigação sobre o alegado tráfico de diamantes, droga e ouro por parte de elementos da 6.ª Força Nacional Destacada (FND), na República Centro Africana.

O DIÁRIO procurou esclarecimentos junto do Exército Português na Madeira, uma vez que o Funchal foi palco de buscas no âmbito da operação Miríade. Contudo, esses esclarecimentos foram remetidos para a comunicação nacional do Exército e posteriormente para o Estado-Maior General das Forças Armadas.

A resposta às questões solicitadas chegou na forma do comunicado já ontem divulgado, em que o EMGFA explica o processo que culminou com as buscas por parte da Polícia Judiciária, ocorridas esta segunda-feira. 

"O que está em causa de momento é a possibilidade de alguns militares que participaram nas FND, na RCA, terem sido utilizados como correios no tráfego de diamantes, ouro e estupefacientes. Estes produtos foram alegadamente transportados nas aeronaves de regresso das FND a território nacional", indica.

Não foram prestados mais esclarecimentos, uma vez que "os inquéritos militares e respectivas consequências estão pendentes das investigações em curso, com o cuidado de não interferir neste processo, ainda em segredo de justiça".

"Uma vez esclarecidas as responsabilidades, as Forças Armadas tomarão as devidas medidas sendo absolutamente intransigentes com desvios aos valores e ética militar", concluiu.