Os portugueses desejam estabilidade política
O Presidente da República antes da aprovação do OE, veio imprudentemente agitar o país com a ameaça de eleições antecipadas. O chumbo produziu efeitos nefastos para o futuro do país. E o desencadear da crise política, evidencia que para os partidos o aliciante é a sua periclitante sobrevivência política e dos seus líderes.
Todos sabiam que o chumbo do Orçamento não interessava ao país.
A convulsão interna do PSD e do CDS pode favorecer a esquerda, mas será suficiente para “uma votação reforçada no PS”? Nos resultados eleitorais vamos assistir ao ressurgimento da “geringonça”? A instabilidade dos partidos mais à esquerda persistirá? Com a votação no PS e no PAN teremos uma maioria parlamentar? O PS e o PSD vão entender-se?
Dias turbulentos está Portugal a viver quando precisava de serenidade para ultrapassar o choque da pandemia na economia e concretizar sem sobressaltos o Plano de Resiliência, dando respostas concretas aos desafios do desenvolvimento sustentável de que Portugal tanto necessita.
O povo português penaliza aqueles que dão sinais de falta de bom senso e de sensibilidade face ao momento de crise. O grande problema será o aumento da abstenção e o previsível reforço dos partidários da extrema direita. Agravado com a possibilidade de não sair destas eleições uma governação que garanta a estabilidade política.
Carlos Oliveira