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Dois dos sete militares da Marinha feridos em Cabo Verde transportados para Lisboa

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Dois dos sete militares da Marinha portuguesa que sofreram no sábado um acidente de viação em Cabo Verde, durante uma visita de lazer, estão a ser transportados para Lisboa, mas apresentam estado de saúde estável, disse hoje fonte militar.

Segundo avançou à Lusa o porta-voz do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), Pedro Serafim, dos sete militares, três tiveram alta do Hospital do Mindelo, em São Vicente, dois estão ainda internados no mesmo hospital e outros dois estão a ser transportados para Lisboa, estando prevista a sua chegada esta noite.

Tanto os dois militares internados como os dois que estão a regressar a Lisboa "apresentam um estado de saúde estável e considerado fora de perigo de vida".

Sete militares da Marinha portuguesa sofreram no sábado um acidente de viação na ilha cabo-verdiana de Santo Antão, durante uma visita de lazer, e foram transportados ao Centro de Saúde de Porto Novo.

Fonte do comando regional de Santo Antão da Polícia Nacional disse à Lusa no sábado que os sete marinheiros tinham chegado à ilha vizinha de São Vicente no dia 28 de outubro, no âmbito de um programa de cooperação com a Guarda Costeira cabo-verdiana, a bordo do navio hidro-oceanográfico D. Carlos I, da Marinha portuguesa.

"Na sexta-feira viajaram aqui para Porto Novo e hoje dirigiam-se para um sítio turístico chamado Tarrafal de Monte Trigo. Durante o caminho, na estrada, aconteceu o acidente. O condutor da 'pickup' em que seguiam relatou que ficou sem travões, perdeu o controlo e o veículo acabou por capotar", relatou a fonte.

O navio hidro-oceanográfico D. Carlos I chegou ao Mindelo, São Vicente, em 28 de outubro, para realizar uma campanha oceanográfica e de controlo de microplásticos ao largo do arquipélago de Cabo Verde.

O navio largou da Base Naval de Lisboa em 18 de outubro de 2021, integrado na Força Nacional Destacada para a missão "Iniciativa Mar Aberto 2021.2", que decorre até 15 de janeiro de 2022.

Em Cabo Verde, a missão do navio da Marinha portuguesa, que prevê ações de cooperação de índole bilateral e multilateral, de presença e diplomacia naval, "contribuindo para a segurança marítima na área de operações correspondente ao espaço geográfico do Golfo da Guiné", contemplou escalas no porto da Praia, este fim de semana, onde recebeu a visita do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que esteve na capital cabo-verdiana.

A Força Nacional Destacada é constituída pelo Navio da República Portuguesa (NRP) D. Carlos I, com 51 militares embarcados, integrando ainda uma equipa de mergulhadores e uma equipa de segurança reforçada. Ao longo da missão está previsto o embarque de equipas multidisciplinares de cientistas do Instituto Hidrográfico em Angola e no arquipélago de Cabo Verde.

A "Iniciativa Mar Aberto 2021.2" pretende "contribuir para o conhecimento situacional marítimo, desenvolvimento científico e da segurança cooperativa na costa ocidental africana", na "prossecução de objetivos da política externa nacional na satisfação de compromissos internacionais assumidos por Portugal" perante a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, nomeadamente, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe.