O Governo de Israel aprovou hoje uma quota de licenças para que palestinianos da Cisjordânia possam trabalhar no setor de alta tecnologia israelita, uma medida que até agora só abrangia trabalhadores da agricultura, construção e serviços.

Segundo o plano anunciado, 200 trabalhadores recebem licenças em 2022, outros 200 em 2023 e mais 100 um ano depois, com o objetivo de "fortalecer o setor israelita de alta tecnologia, que está a sofrer uma grave escassez de trabalhadores qualificados nos últimos anos", refere um comunicado.

"Os israelitas e os palestinianos vivem num espaço geográfico comum e devemos fortalecer a cooperação e as relações mútuas entre os povos e as economias. A inserção de trabalhadores palestinianos na alta tecnologia expressa esse desejo", declarou o ministro da Cooperação israelita, Esawi Frej.

Mais de 140.000 palestinianos da Cisjordânia passam diariamente pelos postos de controlo militar para trabalhar em Israel ou contam com uma autorização especial para trabalhar em colonatos na Cisjordânia, especialmente na agricultura e construção.