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União Europeia condena "veementemente" tentativa de assassínio do PM iraquiano

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Hadi Mizban/AP Photo

A União Europeia condenou hoje "veementemente" a tentativa de assassínioo do primeiro-ministro iraquiano Mustafa al-Kazimi levada a cabo com três 'drones', dois dos quais abatidos.

"Os autores desta tentativa de ataque devem ser responsabilizados. Qualquer violência é inaceitável e não deve prejudicar o processo democrático", pode ler-se numa curta declaração do porta-voz principal de Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia, Peter Stano.

Segundo a mesma nota, é essencial "calma, moderação e diálogo" no período pós-eleitoral.

"Todas as partes devem aliar-se no diálogo político e na cooperação para enfrentar os desafios que o Iraque enfrenta, no interesse do país e do povo iraquiano", refere a nota, lembrando que a União Europeia "continua a apoiar o povo iraquiano no seu caminho para a paz, estabilidade e prosperidade".

A tentativa de assassínio contra o primeiro-ministro iraquiano foi levada a cabo com "três 'drones', dois dos quais foram abatidos" pelo destacamento de segurança de Mustafa al-Kazimi, disseram duas fontes de segurança.

Os três 'drones' "foram lançados de um local perto da Ponte da República" na margem oriental do rio Tigre, antes de se dirigirem para a zona verde na margem ocidental, onde se situa a residência do primeiro-ministro, adiantou uma das fontes.

"Dois 'drones' foram abatidos" em voo, segundo um funcionário, que pediu para não ser identificado, acrescentando que o terceiro explodiu contra a casa, ferindo dois dos guarda-costas do primeiro-ministro.

A fonte da segurança disse que as baterias de defesa C-RAM da embaixada dos EUA, também localizadas na zona verde, "não tinham entrado em ação", mas sem conseguir explicar porquê.

Até ao momento o ataque não foi reivindicado.

Os ataques com 'drones' armadilhados tornaram-se cada vez mais comuns nos últimos meses no Iraque, particularmente contra locais que albergam interesses americanos.

O ataque contra Mustafa al-Kazimi, condenado pelos Estados Unidos e vários países vizinhos do Iraque, é o primeiro a atingir a residência do primeiro-ministro e ocorre numa altura em que os partidos políticos estão a negociar a formação de coligações parlamentares com base nos resultados preliminares das eleições legislativas de 10 de outubro.

A Aliança Conquista, montra política da Hashd al-Shaabi, uma influente coligação de antigos paramilitares pró-iranianos, viu o seu número de assentos afundar-se e está a denunciar uma "fraude" eleitoral e alguns apoiantes de Hashd acusam Kazimi de ser "cúmplice" nesta "fraude".

Vários destes apoiantes começaram a reunir-se perto de duas entradas na zona verde para protestar contra os resultados eleitorais.