Bagnaia vence Grande Prémio do Algarve de MotoGP
O italiano Francesco Bagnaia (Ducati) venceu hoje o Grande Prémio do Algarve de MotoGP, após partir da 'pole position' para a 17.ª prova do Mundial de motociclismo de velocidade, interrompida com uma queda que envolveu Miguel Oliveira (KTM).
Bagnaia, segundo no Mundial, atrás do já campeão Fabio Quartararo (Yamaha), liderou toda a corrida disputada na 'montanha-russa' algarvia e somou o terceiro triunfo da temporada, em 38.17,720 minutos, ao deixar o espanhol Joan Mir (Suzuki) e o australiano Jack Miller (Ducati) na segunda e na terceira posições, a 2,478 e 6,402 segundos, respetivamente.
"Estou muito feliz, fizemos um trabalho fantástico. Talvez tenha sido o melhor fim de semana em MotoGP. Estava com medo, com a bandeira vermelha, que tivesse sido um acidente grave. Gostava de ter terminado com a bandeira xadrez, mas foi importante assegurar o título de construtores", afirmou Bagnaia.
A Ducati assegurou a conquista do título mundial de construtores pela terceira vez, revalidando o 'cetro' alcançado em 2020 e em 2007.
Quartararo, o primeiro francês a conquistar o título mundial e vencedor da corrida algarvia em abril, desistiu hoje pela primeira vez em 2021 ao cair na 21.ª das 25 voltas, quando seguia no sétimo lugar.
O italiano Valentino Rossi (Yamaha), sete vezes campeão do mundo da categoria 'rainha', terminou a penúltima corrida da sua carreira no 13.º posto, a 22.752 segundos.
Com o incidente da corrida hoje, Miguel Oliveira 'caiu' da 10.ª para a 13.ª posição da classificação de pilotos, com 92 pontos, a sete do espanhol Alex Rins (Suzuki), que hoje foi oitavo, e a dois do italiano Enea Bastianini (Ducati), nono.
O português, vencedor da primeira passagem da categoria 'rainha' pela 'montanha-russa' algarvia, em 2020, seguia no 'top-10' da corrida, após ter arrancado do 17.º lugar da grelha de partida.
Logo na primeira volta, Miguel Oliveira subiu cinco posições, até ao 12.º lugar, e, na seguinte, ao 10.º, o qual segurou até ser ultrapassado por Rins.
Nas voltas finais, com Bagnaia e Mir destacados nos dois primeiros lugares, Miller resgatou o terceiro lugar, durante grande parte da prova ocupado por Alex Márquez (Honda), que terminou no quarto posto.
"Nesta corrida consegui um bom conjunto para chegar à frente, esperava estar um pouco mais frente. O Bagnaia estava um pouco mais rápido, mas vamos continuar a tentar melhorar", explicou Mir.
Já Miller realçou a 'luta' com Alex Márquez, após gerir o desgaste dos pneus: "Percebi que tinha de acelerar para o passar, consegui, mas apanhei alguns sustos".
O Grande Prémio do Algarve foi antecedido de um minuto de silêncio, em homenagem ao militar da Guarda Nacional Republicana (GNR), que morreu em serviço no sábado, nas imediações do circuito, num acidente de viação que provocou ainda um ferido grave e outro ligeiro.
Em Moto3, o espanhol Pedro Acosta (KTM) tornou-se no primeiro 'rookie' a sagrar-se campeão do mundo da terceira categoria, depois do italiano Loris Capirossi, em 1990, que, na altura foi o mais jovem a conquistar o 'cetro', com 17 anos e 165 dias, menos um do que Acosta.
O espanhol assegurou o seu sexto triunfo do ano, ao beneficiar, quando já liderava a corrida, da queda do italiano Dennis Foggia (Honda), o único que podia evitar a sua conquista, após um toque na traseira da sua mota do sul-africano Darryn Binder (Honda), que foi desclassificado.
O programa da 17.ª e penúltima etapa do Mundial encerra com a corrida de Moto2, a partir das 14:30, com o australiano Remy Gardner (Kalex) a poder sagrar-se campeão, caso vença e o espanhol Raúl Fernandez (Kalex) fique abaixo do segundo lugar.
O campeonato do mundo de motociclismo de velocidade termina no próximo domingo, com o Grande Prémio da Comunidade Valenciana, em Valência.