Tem juizinho Cafôfo
Na habitual crónica que Paulo Cafôfo escreve no Diário de Notícias, pouco ou nada de novo saiu do vazio e cinzento discurso de sempre. A ligeira pancada que deu ao Bloco de Esquerda e ao Partido Comunista Português, com uma palerma teoria política, misturada com umas verdades de «la palisse», e a tentativa de amedrontar o povo com uma coligação entre o PSD e o Chega, caso os sociais democratas vençam as eleições antecipadas, que constitui mais uma das tontices a que nos acostumou, apenas serviram de pretexto para deixar entrelinhas a ideia de que vai continuar à frente dos destinos do PS-Madeira.
Este volte-face, que era totalmente esperado, pese embora ter apresentado a demissão de presidente do PS-M e renunciado ao cargo de deputado na Assembleia Legislativa da Madeira, após a derrota eleitoral nas autárquicas, revela bem a estirpe de alguém que está agarrado ao tacho, desta feita sob o escudo de temer de que o País caia nos tentáculos da extrema direita, como se alguém acreditasse neste vaticínio.
Por tudo isto, o ainda líder do PS-Madeira vai voltar e, ainda mais depressa, procurar apagar da memória dos madeirenses o aberrante Orçamento de Estado que o partido que idolatra apresentou e que foi chumbado por todos, da esquerda à direita.
Aliás, este Orçamento de Estado faz lembrar a história do soldado que marchava ao contrário de todo o pelotão e que a mãe, uma socialista de gema, de forma orgulhosa disse: «o meu filho é o único que sabe marchar».
Paulo Cafôfo é esse soldadinho, com pés de chumbo, que nunca soube marchar mas que aprendeu a culpar os outros pelo insucesso, como forma de disfarçar as más vibrações que provoca, e que apenas está na parada porque tem como «padrinho» António Costa.
Jesus Camacho