Também vais chegar a “velho”
O idoso, que geralmente não quer sair da sua casa, apenas pede ajuda para permanecer no conforto do seu ambiente
Quando temos uma população envelhecida como temos, especialmente nas zonas rurais, e as respostas sociais são escassas, nada faz mais sentido do que a aposta do Governo Regional em querer apoiar projetos que têm como objetivo apoiar esta população.
A esperança de vida aumentou mas, infelizmente, a doença e a pobreza muitas vezes acompanham o idoso. Idosos sozinhos, dependentes da boa vontade dos vizinhos, abandonados pelas famílias ou sem família por perto, evidenciam situações dramáticas que nos fazem doer o coração.
Quem anda no terreno sabe bem do que falo.
As instituições privadas, associativas e públicas têm um papel fundamental e precisam de priorizar na sua agenda estratégias eficazes para serviços ao domicílio.
O idoso, que geralmente não quer sair da sua casa, apenas pede ajuda para permanecer no conforto do seu ambiente. Para tal, devem ser disponibilizadas respostas capazes de o ajudar no seu dia-a-dia.
A forma como a sociedade de hoje se mobilizar para este desiderato, ditará quais frutos que colheremos no futuro. Atenção, que ninguém fica mais novo e seremos também os idosos de amanhã.
O Governo Regional não ficou indiferente a esta realidade e tem como estratégia que os novos fundos do plano de Recuperação e Resiliência sejam também direcionados para a população sénior. São cerca de 83 milhões que ficarão disponíveis. Com sapiência na sua utilização, seremos capazes de dar maior qualidade de vida a quem mais precisa.
Muito importante será também as formação dos técnicos, bem como a consciência de que nem todos estarão aptos a prestar este tipo de apoio. A estes profissionais é exigida paciência e muita humanidade. Que nas suas visitas tratem estes idosos como um dia gostariam de ser tratados, com amor, com um sorriso e sempre com palavras de conforto.
Lembrem-se que “ninguém fica para novo”.