Pelo menos 18 militares morrem em ataque de grupo armado no Níger
Pelo menos 18 militares nigerinos morreram e dois ficaram feridos num novo ataque de um grupo de homens armados contra um quartel na região de Tillabéri, no oeste do Níger, informou hoje uma fonte de segurança.
"Os agressores chegaram durante o dia de ontem [quinta-feira] em dezenas de motas e atacaram o quartel-general militar que está localizado na aldeia de Dagney, na região de Anzourou (172 quilómetros a noroeste de Niamey)", disse à agência de notícias EFE a fonte.
A mesma fonte explicou que os soldados que estavam no local tentaram responder, o que provou um confronto durante várias horas e deixou dois militares feridos.
"O drama que enfrentamos aqui em Tillabéri é insuportável. Passamos mais tempo a enterrar os mortos do que a trabalhar, devido aos ataques terroristas que recomeçaram", disse Garba Alzouma, um notável local de Anzourou contactado por via telefónica.
Após o massacre, o governo do Níger decretou luto nacional de 48 horas a partir de hoje.
Até ao momento, nenhum grupo terrorista assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas o "modus operandi" dos agressores corresponde ao do grupo 'jihadista" Estado Islâmico (EI).
Na terça-feira, uma emboscada perpetrada presumivelmente por 'jihadistas', também na região de Tillabéri, provocou mais de 70 mortos entre as milícias de autodefesa.
Entre os mortos encontra-se o presidente da câmara de Banibango, acrescentou a mesma fonte, que reconheceu a possibilidade do número de mortos poder vir a aumentar porque há ainda nove desaparecidos.
Fontes locais de dizem que jovens de Banibango se estão a preparar para vingar a morte dos seus familiares.
Desde o início do ano, suspeitos 'jihadistas' aumentaram o número de ataques sangrentos contra civis na área de Banibango e comunas vizinhas na região de Tillabéri.
Esta vasta e instável região de 100.000 quilómetros quadrados está localizada na zona das três fronteiras entre o Níger, Burkina Faso e o Mali, que tem sido palco de ações mortais por parte de bandos armados ligados à Al-Qaida e ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2017.
