Madeira

Falta de acessibilidade leva CDU a apelar à mobilização das pessoas

Foto DR
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Face aos continuados problemas relacionados com a falta de acessibilidades ou acessos deficitários, que marcam o concelho do Funchal, a CDU apela à mobilização dos cidadãos, de modo a que sejam garantidas as condições de segurança e mobilidade às populações que vivem em algumas localidades da capital madeirense.

No âmbito das várias acções desenvolvidas pela CDU, em localidades que, alegam, têm sido recorrentemente esquecidas pelos executivos da Câmara Municipal, Herlanda Amado, deputada na Assembleia Municipal do Funchal, denunciou “o crescente número de sítios esquecidos pela Autarquia, sendo apenas lembradas em períodos de campanha eleitoral. Nós temos estado sempre com as populações diariamente percorrendo ao seu lado os mesmos becos, levadas e imensas escadarias, como acontece aqui no Papagaio Verde e nas Escadinhas do Padre Caldeira, na freguesia de São Martinho. Lado a lado identificando as dificuldades vividas e sentidas por quem tem que andar centenas de metros labirínticos para chegar a casa, não esquecendo as muitas dificuldades de mobilidade que são sentidas por quem aqui vive", aponta a comunista.

A deputada municipal eleita pela CDU refere que "é inaceitável que tenhamos idosos que não saem de casa porque o acesso deficitário e a ingreme escadaria existente, ou a levada esburaca e sem qualquer varandim de apoio ao longo da levada, faça com que sejam prisioneiros da sua própria casa. É inaceitável e imoral que nos dias de hoje, onde estatísticas recentes confirmam a realidade de abandono e solidão com que muita população idosa se confronta, os Municípios, neste caso a Câmara do Funchal, não tenha isso em consideração e contribua para o isolamento de tanta população". 

Crescem os exemplos de várias localidades confrontadas com as falsas promessas dos executivos desta Autarquia. Multiplicam-se as promessas de as populações verem reconhecidos o direito ao desenvolvimento humano, social e territorial, mas infelizmente continuam esquecidos. Herlanda Amado, deputada municipal eleita pela CDU

Conforme fez notar Herlanda Amado, os moradores desta localidade da freguesia de São Martinho já entregaram abaixos-assinados com centenas de assinaturas na Câmara Municipal, bem como já participaram nas sessões públicas da Autarquia para reivindicar a construção de um acesso rodoviário de ligação entre o Papagaio Verde até aos últimos casais das Escadinhas do Padre Caldeira, mas o problema continua por resolver. "Apesar de até hoje as populações não terem obtido qualquer resposta por parte da Câmara a esta justa reivindicação, não podem deixar de lutar pelos seus direitos. Como temos afirmado, este é o momento de exigir que sejam cumpridos os compromissos assumidos com as populações, para que neste Orçamento toda a população do Funchal seja tida em consideração, e não apenas quem viva na Estrada Monumental", realça. 

Por essa razão, a comunista entende que "as prioridades da Autarquia têm estado invertidas ao longo de anos, premiando os mais favorecidos e esquecendo os que mais necessitam. A solução para os problemas da população passa, como tem ficado provado, pela intervenção da CDU nos órgãos institucionais onde temos eleitos. A força da população será sempre reforçada com a voz da CDU na Assembleia Municipal do Funchal, denunciando situações como esta e apresentando propostas para que o desenvolvimento social e territorial seja uma realidade no Funchal. É tempo de derrubar as barreiras existentes entre Funchalenses, garantindo os meios financeiros no Plano e Orçamento para 2022".