EUA querem aplicar 3 mil milhões de dólares/ ano na adaptação climática em países vulneráveis
Os Estados Unidos pretendem aplicar três mil milhões de dólares por ano na adaptação às alterações climáticas em países vulneráveis, afirmou hoje a administradora da agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power.
Num discurso por ocasião dos 60 anos da USAID, Samantha Power anunciou que vai deslocar-se a Glasgow, onde decorre a 26.ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), para defender um novo plano lançado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, de apoio à adaptação climática em todo o mundo.
O plano presidencial de emergência para adaptação e resiliência (PREPARE, na sigla em inglês) visa reunir 3 mil milhões de dólares (aproximadamente 2,6 mil milhões de euros) todos os anos, até 2024, para ajudar países vulneráveis onde vivem mais de 500 milhões de pessoas.
"Com o apoio do Congresso, os EUA solicitam 3 mil milhões de dólares anualmente para algo que os países pobres nos têm pedido: fundos para se prepararem para alterações climáticas", disse Samantha Power num discurso na Georgetown University, em Washington.
Segundo a responsável, a ajuda vai ser canalizada, entre outros objetivos, para agricultura mais resiliente a condições de seca, sistemas de alerta de tempestades e "esquemas de seguros para apoiar pessoas quando as colheitas falham ou o gado perece".
A COP26, que decorre em Glasgow até 12 de novembro, é o momento para "cimentar" as ambições dos EUA no combate às alterações climáticas e também para avançar medidas de "justiça ambiental", segundo a administradora da USAID.
"Como nação rica, responsável por grande parte da poluição na atmosfera, temos uma responsabilidade especial de ajudar nações mais pobres a gerir os piores impactos do aquecimento global", considerou Samantha Power.
A administradora referiu também "o maior esforço legislativo" que está a ser preparado pelo Congresso dos EUA para "tornar a energia 'limpa' mais barata, criar centenas de milhares de empregos e tornar as águas e o ar mais limpos".
O país assumiu o compromisso de cortar as emissões de gases com efeito de estufa em 50% até 2030, para atingir a neutralidade carbónica até 2050.
A propósito da pandemia de covid-19, Samantha Power sublinhou que os EUA pretendem ser "o arsenal mundial de vacinas", distribuindo mais de mil milhões de vacinas em todo o mundo e reorientando um "excedente doméstico" de 200 milhões de doses.
Uma das promessas é de ajudar outros países a terem capacidades de fabrico e produção de vacinas contra a covid-19, para que as injeções estejam imediatamente disponíveis em "mercados que mais precisam".