Sondagem aponta Costa como favorito mas não haverá maiorias absolutas
António Costa é, nesta altura, o favorito para as eleições antecipadas, uma vez que 43% dos portugueses apontam para uma vitória do PS. São ainda mais os que não acreditam que seja possível uma maioria absoluta nas próximas legislativas (68%). A conclusão é de uma sondagem da Aximage para o DN, JN e a TSF, divulgada hoje nos media nacionais.
O estudo parece indicar que "estas eleições poderão redundar num equilíbrio parlamentar semelhante ao actual" e recorda os avisos deixados por Marcelo Rebelo de Sousa.
"Pode ser que me digam: olhe, senhor Presidente, está enganado, porque as eleições são boas, porque vai haver uma solução mais clara no parlamento, vai ser mais fácil chegar a entendimentos no Orçamento", dizia o Chefe de Estado, a 13 de Outubro, deixando implícito que havia o risco de que tudo ficasse na mesma.
Quanto a Marcelo - que fala esta noite ao país para anunciar a dissolução da Assembleia da República e a data das eleições legislativas antecipadas - 42% dos inquiridos dão nota favorável ao presidente da República, contra os 26% que optam por fazer uma avaliação negativa (27% dos inquiridos optaram por uma resposta neutra).
Ainda assim "mais de metade dos inquiridos (53%) gostaria que o PS tivesse negociado um novo Orçamento do Estado com o PSD, enquanto 30% desprovam a ideia de um entendimento entre os dois maiores partidos", refere o Observador a propósito da sondagem.
Há outro dado curioso a ter em conta, no que diz respeito a quem vai ganhar as próximas eleições, são os mais jovens - nomeadamente os que habitam nas regiões a Sul, os que têm 18 a 34 anos e os que preferiram PSD e Chega nas últimas legislativas - que apontam o PSD, em vez de ao PS.
Ao contrário, os que estão mais convencidos de uma repetição da vitória socialista são os que vivem na região de Lisboa, os que têm 65 ou mais anos e, finalmente, os eleitores que optaram pelo voto nos três partidos da geringonça (sempre mais de dois terços a vaticinar que António Costa voltará a ser primeiro-ministro).
Esta sondagem foi realizada entre 28 e 31 de outubro de 2021, sendo que foram recolhidas 803 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal. Tem uma margem de erro de 3,46%, tendo um nível de confiança de 95%.