Queda de helicóptero militar no Azerbaijão provoca 14 mortos e dois feridos
Um helicóptero militar despenhou-se hoje no leste do Azerbaijão e provocou 14 mortos e dois feridos, anunciaram as autoridades do país da região do Cáucaso.
O acidente ocorreu pelas 10:40 locais (06:40 em Lisboa) no "aeródromo de Garakheybat, na região de Khyzy, durante um voo de treino", disseram a guarda fronteiriça e o gabinete do procurador do Azerbaijão num comunicado, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Todas as vítimas eram militares, segundo a guarda fronteiriça.
As autoridades estão a investigar as causas do acidente, disse a mesma fonte.
O acidente ocorreu duas semanas depois de confrontos entre forças do Azerbaijão e da Arménia terem ameaçado a vigência de um cessar-fogo que pôs termo a uma guerra entre os dois países em 2020, que provocou mais de 6.500 mortos.
Os recentes confrontos, em que morreram seis arménios e sete azeris, terminaram após a mediação do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que se reuniu com os líderes dos dois países no dia 26, em Sochi, uma cidade russa nas margens do mar Negro.
Na altura, os líderes do Azerbaijão, Ilham Aliev, e da Arménia, Nikol Pashinian, mostraram-se dispostos a iniciar o processo de demarcação e delimitação da fronteira entre as duas repúblicas do Cáucaso, para evitar futuros confrontos armados.
O Azerbaijão e a Arménia lutam há décadas pelo controlo do enclave montanhoso de Nagorno-Karabakh.
Habitada por uma maioria de população arménia de religião cristã ortodoxa, a região montanhosa do Nagorno-Karabakh, apoiada por Erevan, proclamou a secessão do Azerbaijão muçulmano na sequência da implosão da União Soviética, em 1991.
A decisão implicou uma primeira guerra (1991-1994) com um balanço de 30.000 mortos, na ocasião com um desfecho favorável às pretensões arménias.