Associação admite ir para a justiça no caso das 'Ginjas' e torna a atacar Governo Regional
A Associação Cívica para a Defesa e Protecção da Floresta Laurissilva emitiu um comunicado esta terça-feira onde torna a dizer que é "ineludível a nova enganadora tentativa do Governo Regional da Madeira em pavimentar a Estrada das Ginjas".
A reapresentação do antigo estudo com novos adjectivos e com as partes cómicas e grotescas eliminadas, representa desespero, teimosia e uma inqualificável e absurda visão embaçada do que, de facto, está em causa. Em causa está a agressão ecológica e ambiental pela desnecessária e absurda necessidade de pavimentar o Caminho das Ginjas. Aproximar populações? Como afirmavam no primeiro estudo. Agora, Novembro de 2021, já não existem “populações” para aproximar? Agora é para melhorar uma estrada regional. Para quê? Ligar o concelho ao Paul da Serra? Então e a estrada da Encumeada, e todas as outras modernas ligações que cruzam o maciço central da ilha… Associação Cívica para a Defesa e Protecção da Floresta Laurissilva
A Associação então questiona: "Que benefício ou valor acrescenta a pavimentação deste caminho à rede viária madeirense? Que vantagem prática e objectiva proporciona aos residentes das Ginjas de São Vicente?".
Mantendo a toada, diz que "a questão da protecção contra os fogos florestais é hilariante, mas muito triste em propósito e justificação" e garante que "nunca se registou qualquer fogo florestal naquela área da Laurissilva da Madeira. Nunca!!!"
Vai daí, a Associação Cívica para a Defesa e Protecção da Floresta Laurissilva faz uma acusação grave, mas sem enunciar nomes concretos: "Denunciamos publicamente uma conspiração patrocinada oficialmente por insensatos e fracos governantes".
Hilariante a menção a uma futura linha de transporte de energia, que utilizaria o caminho pavimentado para enterrar cabos e quejandos no solo. Como se a algum efeito ou benefício representasse de maior. A floresta é, desde há muito, atravessada por quilómetros e quilómetros de linhas de alta tensão em todos os sentidos, formas e aspectos. O que representaria uns metros de cabo subterrâneo no todo e no contexto da gestão e conservação da Laurissilva da Madeira? Nem argumento digno de nota deveria ser, muito menos razão e causa para justificar a pavimentação do Caminho das Ginjas. Que não subsistam duvidas sobre as razões ocultas desta intenção de perturbação daquilo que é património de todos os madeirenses e da humanidade em geral por classificação internacional. Associação Cívica para a Defesa e Protecção da Floresta Laurissilva
Depois de voltar a enunciar as características e os pressupostos do galardão atribuído pela UNESCO à Laurissilva, a associação deixa um aviso:
Esta associação encarregar-se-á de confrontar, a todos os níveis, incluindo os judiciais, todas as entidades gestoras, seja a que nível for, durante todos os dias e em todas as circunstâncias, para o cumprimento da Lei e de todas as obrigações a que a República Portuguesa e a Região Autónoma da Madeira têm para com os seus compromissos internacionais, nacionais e regionais na defesa da integridade e na melhor gestão da Laurissilva da Madeira. Associação Cívica para a Defesa e Protecção da Floresta Laurissilva