Austrália detecta dois primeiros casos da variante Ómicron
A Austrália confirmou hoje os seus dois primeiros casos da nova variante do coronavírus da covid-19, Ómicron, após análises aprofundadas ao vírus de dois passageiros provenientes da África Austral que tinham dado positivo à chegada a Sidney.
Num comunicado, o governo do estado de Nova Gales do Sul (leste) indicou que os dois passageiros, vacinados com as duas doses e assintomáticos, chegaram a Sidney num voo da Qatar Airways procedente de Doha, onde fizeram escala após partirem de um país do sul do continente africano.
Os dois casos positivos com a variante Ómicron, considerada de "risco" pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foram enviados para um centro de quarentena, tal como 12 outros passageiros, não contaminados, que procediam, também via Doha, de países da Africa Austral, enquanto a tripulação e os restantes 260 passageiros terão de permanecer em isolamento profilático.
A Austrália proíbe desde sábado a entrada no país a viajantes não australianos nem residentes no país que tenham visitado nos últimos 14 dias a África do Sul, Botsuana, Malauí, Moçambique, Namíbia, ilhas Seychelles e Zimbabué, região onde se suspeita como sendo prevalecente da circulação da Ómicron.
Aqueles que têm permissão para entrar no país devem cumprir uma quarentena de 14 dias num centro designado pelas autoridades.
O grupo de especialistas da OMS, reunido na sexta-feira para analisar o impacto da nova variante do coronavírus detetada na África do Sul, determinou que se trata de uma "variante de risco", possivelmente mais contagiosa, e batizou-a com a letra grega Ómicron.
A OMS reconhece que algumas das novas mutações da variante parecem sugerir uma capacidade de transmissão ainda maior do que as estirpes anteriores.
A Austrália relaxou as restrições de fronteira neste mês, permitindo o regresso ao país aos residentes vacinados sem a necessidade de quarentena.
Desde o início da pandemia de covid-19, o país da Oceânia acumula mais de 205.000 infeções, a que estão associadas 1.985 mortes.
Segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP), divulgado na sexta-feira, a covid-19 provocou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, entre mais de 259,46 milhões infeções pelo novo coronavírus.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.