Arma de arremesso
O Dr. Miguel Sousa (MS) em carta a este Diário referia-se a Rui Rio (RR) como “desastrado” por ter dito que concorda com a Zona Franca da Madeira (ZFM) por ser mais uma entre muitas espalhadas pelo mundo e por isso a RAM não dever ser discriminada. RR não foi “desastrado” limitou-se a ser coerente e a dizer a verdade que é infelizmente o que muitos políticos e governantes não fazem. Como é óbvio no dia em que a UE não permitir a existência de zonas económicas privilegiadas dentro do seu espaço a ZFM assim como as outras deixarão de existir. O que se espera é que a UE nunca venha a tomar a decisão unilateral de acabar com essa prerrogativa dentro do seu espaço económico enquanto a mesma se mantiver no resto do mundo, pois isso sim seria muito grave e discriminatório, como pretendem aliás alguns militantes do PS, entre eles a ex-deputada europeia socialista Ana Gomes, bem como o BE e o PCP. Esses é que são os verdadeiros inimigos da ZFM e não RR. Não deixa de ser curioso que MS também critique RR só porque este tem o apoio de alguns ex-governantes a quem MS responsabiliza pelo PAEF, esquecendo-se de duas coisas importantes que ele próprio é um ex-governante e que lhe fica mal, mesmo muito mal, tentar eximir-se às responsabilidades do que de menos bom correu na governação para reivindicar para si apenas os louros do que de muito e bom foi feito, como se tal fosse obra exclusiva sua. O que me parece é que MS não tendo a coragem necessária e suficiente para “atacar” frontal e diretamente RR como candidato à liderança do PSD, serviu-se da ZFM como um espécie de arma de arremesso. Já agora haverá maior “disparate” do que MS afirmar que RR se “rodeou” de “antigos governantes regionais” como se a única escolha de RR não tivesse sido a do seu mandatário regional Pedro Coelho, presidente da C.M. de Câmara de Lobos onde foi recentemente reeleito com maioria absoluta. Quanto aos restantes são livres de apoiá-lo e é assim que se cumpre a democracia.
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