Açores admitem reforçar uso de máscara e rastreios na próxima semana
O secretário regional da Saúde dos Açores admitiu hoje reforçar, na próxima semana, o uso de máscara e os rastreios à covid-19, mas reiterou que a situação epidemiológica da região não justifica medidas "mais rigorosas".
"O Conselho de Governo vai reunir na próxima semana e, como tenho dito nas últimas semanas, é possível que haja algum alargamento ao nível dos espaços com uso de máscara e ao nível de espaços onde seja necessário proceder a rastreios", avançou, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses.
O governante já tinha dito hoje que a região não iria adotar, por enquanto, medidas mais restritivas de controlo da covid-19, à semelhança do que foi anunciado para o continente português e para a Madeira.
Clélio Meneses reforçou que a situação da região "é completamente distinta" da verificada no continente e na Madeira, por isso, "não se justifica que se repliquem nos Açores" as medidas anunciadas esta quinta-feira pelo primeiro-ministro.
"Entendemos que, tendo em conta a situação epidemiológica da região, não se justificam medidas mais rigorosas. Apenas se justificam estas medidas quando estão em causa de uma forma mais severa a saúde das pessoas e as suas vidas", afirmou.
O secretário regional da Saúde admitiu, ainda assim, algumas alterações às medidas existentes, de forma "preventiva", tendo em conta o aproximar do Natal.
"Estamos atentos, estamos a acompanhar a situação e no Conselho de Governo da próxima semana poderá haver alguma adequação, sobretudo tendo em conta que a época de Natal e passagem de ano é propícia a maiores ajuntamentos e a maior circulação de pessoas e estando no inverno tem de haver algum cuidado, mas numa perspetiva meramente preventiva, uma vez que a situação epidemiológica não justifica outras medidas", adiantou.
Questionado sobre a possibilidade de um aumento de casos de infeção no Natal, à semelhança do que aconteceu no ano passado, Clélio Meneses salientou que, este ano, a proteção "é assegurada pela vacinação".
"Desde o início de outubro que não existem mais de 10 internados nos Açores, desde o início de outubro que não existe mais de um caso em cuidados intensivos", frisou.
Os Açores têm atualmente 292 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus que provoca a covid-19, dos quais 227 em São Miguel, 23 na Graciosa, 20 em São Jorge, 18 na Terceira, três no Faial e um no Pico".
Estão internados com covid-19 três doentes, todos no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, um dos quais em Unidade de Cuidados Intensivos.
Até 22 de novembro, tinham vacinação completa contra a covid-19 na região 195.775 pessoas, o equivalente 82,7% da população, e 9.095 pessoas tinham recebido a dose de reforço.