Cônsul Honorário considera "precipitada" suspensão das ligações com África do Sul
O madeirense e cônsul honorário de Portugal em Durban, Elias Souza diz ser uma decisão precipitada o fecho do tráfego área com África do Sul
Ao longo da manhã desta sexta-feira vários países da Europa e da Ásia tomaram a decisão de fechar o tráfego aéreo vindo da África do Sul tentando evitar a chegada da nova variante do vírus SARS-CoV-2, identificada como B1.1.529.
Ao DIÁRIO revelou o que pensa desta atitude: “Eu penso que isto foi uma decisão precipitada, até porque dizem que a variante é da África do Sul, mas parece que é um país vizinho.”
Elias de Souza explicou que “o problema agora é que as pessoas não podem sair e não podem entrar e isto é uma chatice. Ainda por cima nesta altura do ano, em que é a época de Natal em que várias famílias aproveitam para visitar os seus, quer na Madeira e noutros locais como exemplo no Reino Unido, onde há uma forte ligação.”
“Há muitos portugueses a trabalhar na Inglaterra e nesta época de Natal naturalmente vinham visitar a família e a família iam visitá-los e agora torna-se uma chatice,” frisou Elias Souza.
O responsável madeirense disse ainda que “o número de casos na África do Sul está a aumentar, portanto na quarta-feira tivemos à volta de 400 e tal casos, depois 500 e agora 900 casos positivos. A comunidade toda fica desiludida com isto, mas temos de aguardar e naturalmente fazer o que as autoridades pedem e continuar.”
“É difícil afirmar que o aumento dos casos na África do Sul que se deve a esta nova variante. Embora fosse detetada aqui na África, mas pensa-se que seja de um país vizinho, daí os países estarem a fechar-se aos países do continente sul africano,” frisou Elias Souza.
O primeiro país europeu a avançar com estas restrições foi o Reino Unido, ainda na quinta-feira, depois de cientistas sul-africanos terem anunciado a identificação da nova variante, que tem um largo conjunto de mutações genéticas que são consideradas preocupantes.
No entanto esta variante foi até agora detetada na África do Sul, no Botswana e no Zimbabwe e também em Hong Kong (em pessoas que tinham vindo da África austral).