Lisboa abre "grande centro" de vacinação no Parque das Nações
O processo de vacinação em Lisboa vai sofrer mudanças a partir de quarta-feira, com a abertura de "um grande centro" no Parque das Nações e o encerramento dos restantes, com exceção do da Ajuda, anunciou hoje a câmara.
"A necessidade de reforçar a capacidade de vacinação na cidade de Lisboa impôs mudanças ao processo, motivando a decisão de abrir um grande centro no Pavilhão 4 da Feira Internacional de Lisboa (Parque das Nações), com 60 postos e uma capacidade para realizar até 9 mil inoculações contra a covid-19 ou gripe por dia", indicou a autarquia.
A abertura deste novo centro de vacinação na Feira Internacional de Lisboa (FIL, a partir de quarta-feira, 01 de dezembro), já tinha sido anunciada pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), na segunda-feira.
Segundo o autarca, este será o "maior centro de vacinação do país".
Hoje, em comunicado, o município informou que, paralelamente à abertura deste novo centro, "serão encerrados os centros de vacinação do Picadeiro (Príncipe Real), Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (Areeiro) e Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Lisboa", acrescentando que o centro de vacinação municipal da Ajuda é o único que manter-se-á em funcionamento.
As datas para esta mudança foram definidas pelas autoridades de saúde, estabelecendo que no domingo, 28 de novembro, será o último dia vacinação no Picadeiro do Real Colégio e no Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Lisboa e na segunda-feira, 29 de novembro, será o último dia de vacinação nos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, referiu a autarquia.
Já na terça-feira, 30 de novembro, apenas estará em funcionamento o centro de vacinação municipal da Ajuda e na quarta-feira, 01 de dezembro, inicia-se a vacinação no Pavilhão 4 da FIL, mantendo-se em funcionamento o da Ajuda.
"A partir do dia 01 de dezembro, estes dois centros (FIL e Ajuda) funcionarão todos os dias, incluindo fins de semana e feriados, das 09:00 às 19:00", comunicou a Câmara de Lisboa.
Em resposta à agência Lusa, o município esclareceu que o novo centro de vacinação se dirige "a todos os que, em cada momento, reunirem os critérios definidos pelas autoridades de saúde" e que a expetativa em termos de vacinação diária nesta nova instalação é "aumentar em 100% o valor que existe atualmente".
"O maior centro municipal de vacinação do país deverá assim ter uma capacidade calculada para o atendimento diário de 6.000 utentes, podendo com a co-vacinação atingir perto das 9.000 inoculações/dia", explicou a autarquia de Lisboa.
A Câmara de Lisboa, através do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), em articulação com outras unidades orgânicas do município e "em estreita colaboração com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e os três Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) de Lisboa", continua a garantir a coordenação operacional e sustentação logística dos centros de vacinação do concelho e, "em simultâneo, garante também as equipas de enfermeiros necessárias para assegurar todo o processo no âmbito do Plano de Vacinação".
Neste âmbito, o município continua também a disponibilizar "um serviço de táxis, contemplando também táxis para utentes de mobilidade reduzida, totalmente gratuito para as pessoas se poderem deslocar aos centros de vacinação e no regresso ao domicílio".
A covid-19 provocou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, entre mais de 259,469 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.385 pessoas e foram contabilizados 1.133.241 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.