Polónia alerta para perigo crescente vindo da Rússia e pede à UE que 'cerre fileiras'
O primeiro-ministro da Polónia alertou hoje para o perigo crescente que representa a Rússia e exortou a União Europeia (UE) a 'cerrar fileiras' e "preparar-se para o pior", dando como exemplo a recente crise migratória na Bielorrússia.
"'Hannibal ad portas' Este velho ditado indica quais são os desafios que devemos priorizar na UE. Um verdadeiro inimigo está a entrar pelas nossas portas", alertou Mateusz Morawiecki, utilizando a expressão latina que alerta para a proximidade de um perigo.
O conservador polaco, que se encontrou em Ljubljana com o seu homólogo esloveno, Janez Jans, apontou que embora o Presidente da Bielorrússia Aleksander Lukashenko e o seu "mestre do Kremlin" [em referência ao Presidente russo Vladimir Putin] tenham diminuído a pressão contra a fronteira comum com a UE, os acontecimentos recentes apontam para uma "situação de grande insegurança".
"Podemos esperar uma desestabilização subsequente", frisou, citado pela agência EFE.
Mateusz Morawiecki manifestou a esperança de que a crise possa ser resolvida diplomaticamente ou com as sanções já em vigor.
Mas salientou que a UE se deve também "preparar para o pior" de uma forma unida.
O governante polaco apontou situações que sugerem que "algo está a acontecer" como a mobilização de tropas russas perto da Ucrânia, a pressão com os migrantes, a campanha de desinformação na Internet contra os países da Europa Central e Oriental e a destabilização do mercado de energia com o aumento dos preços do gás.
Morawiecki analisou ainda que a inflação em Estados-membros como a Alemanha ou Espanha deve-se às manipulações da empresa estatal russa de gás Gazprom.