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Deputado independente vota a favor e Orçamento deve ser aprovado

Foto DR
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O deputado independente no parlamento açoriano revelou hoje que vai votar favoravelmente o Orçamento Regional para 2022, o que deverá garantir a aprovação do documento, depois de ameaças de chumbo por parte de Iniciativa Liberal e Chega nas últimas semanas.

A Assembleia Legislativa Regional é composta por 57 eleitos e a coligação de direita (PSD/CDS-PP/PPM), com 26 deputados, precisa de mais três parlamentares para ter maioria absoluta, nomeadamente dos deputados únicos do Chega e da IL, bem como do deputado independente, Carlos Furtado, ex-Chega.

O deputado único do Chega, José Pacheco, anunciou, também hoje, que vai votar favoravelmente, depois de o Governo Regional ter aceitado "as condições estabelecidas", apesar de a direção nacional do partido ter pedido na semana passada para que a estrutura regional retirasse o apoio ao executivo.

O parlamentar da Iniciativa Liberal, Nuno Barata, apesar de não ter dito taxativamente que iria votar favoravelmente, revelou hoje que o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) aceitou uma redução de mais de 18 milhões de euros no endividamento da região, como tinha exigido.

Assim, se somados os votos favoráveis dos três partidos que formam a coligação aos dos dois deputados únicos e ao do deputado independente, o documento deverá receber os votos favoráveis de 29 deputados, mais um do que os 28 parlamentares dos partidos que vão votar contra: 25 do PS, dois do BE e um do PAN.

No início da legislatura, a coligação de direita assinou um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD com a Iniciativa Liberal (IL).

Numa declaração escrita enviada à Lusa, Carlos Furtado (ex-Chega) disse que o seu voto se "afigura como favorável, primeiramente pelo cumprimento de acordo anteriormente assinado, mas também pela responsabilidade que representa representar um povo que pouco mais pede aos políticos do que sejam coerentes, respeitadores dos seus compromissos e promotores de estabilidade".

Furtado observou que "nunca esteve em causa a não aprovação destes documentos por parte dos intervenientes".