Sara Cerdas quer redução das desigualdades no acesso mundial à vacina contra a covid-19
Sara Cerdas defendeu esta tarde, na sessão plenária do Parlamento Europeu, um papel mais ativo e célere da União Europeia na vacinação mundial, através da redução das desigualdades no acesso à vacina, para combater a pandemia de covid-19 e o surgimento de novas variantes.
Embora Portugal apresente a melhor taxa de vacinação em toda a União Europeia - 92% da população adulta completamente vacinada - derivado ao “processo conjunto de aquisição, associado ao esforço das autoridades nacionais e à colaboração da nossa população”, Sara Cerdas aponta que “enquanto vacinamos os mais vulneráveis com uma terceira dose, há muitos países que continuam à espera de uma primeira” e que “não podemos aceitar esta desigualdade”.
"Se o argumento moral não for suficiente, recordemos então que enquanto não estivermos todos protegidos ninguém estará”, e continuaremos expostos a futuras variantes que surjam numa nova vaga em qualquer país.
O apoio da União Europeia ao desenvolvimento de vacinas, a sua aquisição e distribuição conjunta demonstrou ser o instrumento mais eficaz para proteger os nossos cidadãos, colocando em pé de igualdade todos os Estados-Membros, independentemente da sua dimensão ou localização.
A eurodeputada do PS, na sua intervenção, reforçou ainda o apelo ao levantamento temporário dos direitos de propriedade intelectual das vacinas, “para que a saúde pública esteja verdadeiramente em primeiro lugar”. Sara Cerdas recorda que a eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar, assim como a restante bancada parlamentar do PSD, com exceção de Álvaro Amaro, votou em junho contra uma resolução do Parlamento Europeu que visava levantar temporariamente a patente da vacina contra a COVID-19, uma atitude que considera “moralmente irresponsável”, considerando que o objetivo é garantir o acesso global a vacinas COVID-19 e a preços acessíveis aos países mais desfavorecidos.
As taxas de vacinação nos países em desenvolvimento permanecem perigosamente baixas. Em África, por exemplo, apenas cerca de 3% da população está vacinada. Existem mais pessoas na União Europeia que já receberam a vacina de reforço (3ª dose) do que aquelas que foram vacinadas em África.