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Putin indica que posição da Rússia sobre questão palestiniana é "imutável"

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O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou hoje que a posição de Moscovo sobre o conflito israelo-palestiniano permanece imutável, ao receber o presidente palestiniano Mahmud Abbas, na estância de veraneio de Sochi, nas margens do mar Negro.

"O mais importante que quero dizer é que a posição da Federação da Rússia (...) na questão da resolução do problema palestiniano mantém-se imutável", disse o dirigente do Kremlin no início das conversações com o líder palestiniano.

Putin considerou que o conflito "deve resolver-se em conformidade com as anteriores resoluções do Conselho de Segurança da ONU, sobre uma base justa, que tenha em consideração os interesses de todas as pessoas que vivem na região".

Putin sublinhou que a Rússia entende a atual situação dos palestinianos, em que "para além da pressão exterior, da tensão na região, com os vizinhos, se junta a pandemia do coronavírus".

O Presidente russo acrescentou que o seu país presta assistência à Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) no combate à pandemia através do envio de medicamentos, vacinas e ainda pessoal médico.

Nas vésperas da sua vista a Sochi, o presidente palestiniano acrescentou que procurará o apoio de Moscovo para a organização de uma conferência internacional de paz sob a égide do Quarteto para o Médio Oriente (Rússia, União Europeia, Estados Unidos e ONU).

"Estamos convencidos de que temos o apoio russo nos nossos esforços nesse sentido", disse Abbas em entrevista à agência oficial Ria-Novosti.

A Rússia tenta desde há algum tempo reativar o Quarteto para o Médio Oriente.

A visita à Rússia do dirigente palestiniano, no poder há 16 anos e muito contestado por vastos setores da população palestiniana, surge um mês após a efetuada, também a Sochi, pelo primeiro-ministro israelita, Naftali Benet, que celebrou a sua primeira reunião com Putin desde que assumiu a chefia do Governo em junho passado.

As conversações russo-israelitas centram-se nas relações bilaterais, trocas comerciais bilaterais, situação na Síria e no Afeganistão, nos esforços para travar o programa nuclear iraniano e temas da segurança regional.