Talibãs consideram "propaganda" ações dos EUA contra o terrorismo
Os talibãs descreveram hoje como "propaganda" a decisão tomada pelos EUA de considerar três líderes do braço afegão do Estado Islâmico (EI) como "terroristas globais" e garantiram que não representam uma ameaça no Afeganistão.
Os três líderes classificados pelos Estados Unidos, na segunda-feira, como "terroristas globais" estiveram por detrás de ataques mortais no Afeganistão, após a tomada de poder pelos talibãs, em meados de agosto.
"Os 'media' são testemunhas de que não há nenhum movimento sério do EI que represente uma ameaça no país ou para outros países", disse o porta-voz adjunto dos talibãs, Bilal Karimi, recusando a avaliação feita pelos Estados Unidos.
Entre os três líderes mencionados na declaração dos EUA está Sanaullah Ghafari, também conhecido como Shahab al-Muhajir, comandante do EI em Khorasan, que foi nomeado pela liderança do grupo terrorista para liderar as operações no Afeganistão.
Os outros dois "terroristas globais" são Sultan Aziz Azam, que serviu como porta-voz do grupo terrorista afegão, e Maulawi Rajab, também conhecido como Maulawi Rajab Salahudin, "um líder de alto nível" do EI na província de Cabul, creditado com os planos de ataque na capital afegã.
Segundo o porta-voz dos talibãs, "trata-se de propaganda e publicidade para a ampliação do EI", os indivíduos indicados na declaração dos EUA "são personagens desconhecidas" e um deles já não está vivo.
A segurança no Afeganistão continua muito instável, apesar das promessas de pacificação por parte dos talibãs, com diversos ataques a provocar centenas de mortes em diferentes pontos do país, atribuídos a diferentes grupos terroristas.